JOHN DEWEY E A DEMOCRACIA COMO FORMA DE VIDA: AS ATRIBUIÇÕES DO EDUCADOR NA FORMAÇÃO DE SUJEITOS CRÍTICOS

Este artigo faz uma análise e reflexão sobre a democracia como forma de vida e as atribuições do educador na formação de sujeitos críticos para o exercício das práticas sociais democráticas sob a perspectiva de John Dewey, filósofo e educador estadunidense, que abordou o tema profundamente em suas obras Democracia e Educação (1916), e Experiência e educação (1938), duas de suas obras mais importantes no campo educacional. No percurso de análise pretende-se, também, retomar alguns conceitos importantes apresentados nas obras mencionadas como: democracia, experiência, educação e práticas pedagógicas relacionando-os com a perspectiva de Dewey de que a democracia é muito mais que sistema político, é uma forma de vida baseada na participação ativa dos cidadãos por meio de suas experiências pela busca do bem comum. O nosso objetivo é compreender como o exercício da prática docente se fortalece enquanto atividade mobilizadora de sentidos para a formação e autoformação do sujeito. E como o educador poderá exercer o seu ofício proporcionando experiências educativas e democráticas. A democracia, na visão de Dewey, demanda a preparação do sujeito para que se torne, no decorrer dos anos, um indivíduo ativo na sociedade visando a busca por justiça e igualdade social. Dewey acreditava que o meio mais propício para chegar a uma educação democrática era a promoção de experiências democráticas, também pela escola, enfatizando assim a ligação entre a educação progressista, educação e democracia. O educador, enquanto formador de cidadãos críticos e capazes de atuar significativamente na sociedade, torna-se peça fundamental nesse processo atuando na transmissão e construção dos valores democráticos em seus alunos.