{"title":"道德培训","authors":"Camila Baldi, Maurício Bronzatto","doi":"10.36732/riep.v6i2.415","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este estudo é motivado por preocupações com a educação moral e ética das novas gerações, conquista que, articulada aos conhecimentos específicos e à preparação técnica que os estudantes adquirem nos anos de escolarização, pode lhes conferir uma formação mais completa. Por meio de uma pesquisa bibliográfica nos domínios da Psicologia Moral, numa perspectiva construtivista, baseada, principalmente, na produção acadêmica de Yves de La Taille, buscou-se compreender se e como a educação escolar pode contribuir para uma formação mais humanizada, favorecedora da construção de sentidos de vida. Uma vez que o modo de ser e estar no mundo torna-se, cada vez mais, um ato de consumo, e não uma busca de identidade, o sentido existencial fica comprometido. Viver se reduz a um mero existir, pobre de aprendizagens, carente de criação, vazio de projetos. Experimenta-se o tédio e a infelicidade, que privam a vida de sentido, tendo sobre ela um efeito de desumanização. A resposta à pergunta que desencadeou este estudo é afirmativa: sim, a escola tem um importante papel a cumprir como favorecedora da construção de sentidos de vida. Frente a um cenário de mal-estar ético que acaba por esvaziar as pautas existenciais e identitárias de crianças e adolescentes, a escola, verdadeira “usina” de sentidos de vida, pode e deve encarregar-se de uma formação que auxilie o estudante a escolher formas significativas de viver e, portanto, a se definir como ser. A escola veicula sentidos quando revitaliza o valor da verdade, da memória e do conhecimento; quando desperta nos educandos o desejo por uma “vida boa”, uma vida que valha a pena ser vivida, como alternativa ao tédio, ao vazio e à escassez de projetos de vida.","PeriodicalId":506300,"journal":{"name":"Revista Nova Paideia - Revista Interdisciplinar em Educação e Pesquisa","volume":"135 15","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2024-07-23","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"FORMAÇÃO ÉTICA\",\"authors\":\"Camila Baldi, Maurício Bronzatto\",\"doi\":\"10.36732/riep.v6i2.415\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Este estudo é motivado por preocupações com a educação moral e ética das novas gerações, conquista que, articulada aos conhecimentos específicos e à preparação técnica que os estudantes adquirem nos anos de escolarização, pode lhes conferir uma formação mais completa. 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Este estudo é motivado por preocupações com a educação moral e ética das novas gerações, conquista que, articulada aos conhecimentos específicos e à preparação técnica que os estudantes adquirem nos anos de escolarização, pode lhes conferir uma formação mais completa. Por meio de uma pesquisa bibliográfica nos domínios da Psicologia Moral, numa perspectiva construtivista, baseada, principalmente, na produção acadêmica de Yves de La Taille, buscou-se compreender se e como a educação escolar pode contribuir para uma formação mais humanizada, favorecedora da construção de sentidos de vida. Uma vez que o modo de ser e estar no mundo torna-se, cada vez mais, um ato de consumo, e não uma busca de identidade, o sentido existencial fica comprometido. Viver se reduz a um mero existir, pobre de aprendizagens, carente de criação, vazio de projetos. Experimenta-se o tédio e a infelicidade, que privam a vida de sentido, tendo sobre ela um efeito de desumanização. A resposta à pergunta que desencadeou este estudo é afirmativa: sim, a escola tem um importante papel a cumprir como favorecedora da construção de sentidos de vida. Frente a um cenário de mal-estar ético que acaba por esvaziar as pautas existenciais e identitárias de crianças e adolescentes, a escola, verdadeira “usina” de sentidos de vida, pode e deve encarregar-se de uma formação que auxilie o estudante a escolher formas significativas de viver e, portanto, a se definir como ser. A escola veicula sentidos quando revitaliza o valor da verdade, da memória e do conhecimento; quando desperta nos educandos o desejo por uma “vida boa”, uma vida que valha a pena ser vivida, como alternativa ao tédio, ao vazio e à escassez de projetos de vida.