Maria Elizabeth Barros De Barros, Karen de Araújo Pereira, Maressa Bernardino Neves
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O percurso metodológico foi realizado por meio da análise institucional de linhagem francesa, calcada em discussões de orientações do estágio, onde os diários de campo, observações e participações no campo eram semanalmente discutidas. RESULTADOS: Destaca a produção e reafirmação do racismo estrutural no país, que se expressa tanto no trato com pacientes quanto com funcionários e estudantes. A escuta da equipe profissional do hospital é marcada, muitas vezes, por práticas assistencialistas e por processos de exclusão preconceituosos, fazendo-nos indagar: “A psicologia hospitalar tem cor?” CONCLUSÃO: O objetivo da pesquisa foi cumprido e, além disso, relatar essa experiência suscitou ao campo diversas questões como: de que forma colocar em funcionamento uma gestão hospitalar que propicie uma política de compartilhamento de atenção ao paciente entre os equipamentos da atenção?","PeriodicalId":510443,"journal":{"name":"Revista Psicologia, Diversidade e Saúde","volume":"113 9","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2024-07-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"À luz da constituição e produção do racismo: a psicologia hospitalar tem cor?\",\"authors\":\"Maria Elizabeth Barros De Barros, Karen de Araújo Pereira, Maressa Bernardino Neves\",\"doi\":\"10.17267/2317-3394rpds.2024.e5422\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"OBJETIVO: Este trabalho apresenta aspectos de uma observação participante num Hospital Universitário do nível terciário da rede SUS localizado em Vitória, capital da região sudeste do Brasil, durante o primeiro semestre de 2023. 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À luz da constituição e produção do racismo: a psicologia hospitalar tem cor?
OBJETIVO: Este trabalho apresenta aspectos de uma observação participante num Hospital Universitário do nível terciário da rede SUS localizado em Vitória, capital da região sudeste do Brasil, durante o primeiro semestre de 2023. Logo, o relato a seguir pretende provocar e incitar a discussão sobre os desafios enfrentados pela psicologia em contexto hospitalar, dentre eles o racismo estrutural impregnado nos corpos e nos gestos que se atualizam naquele estabelecimento. MÉTODO: Trata-se de um relato de experiência, de caráter qualitativo, vivido através do acompanhamento da dinâmica hospitalar da clínica cirúrgica e da clínica médica do referido Hospital. O percurso metodológico foi realizado por meio da análise institucional de linhagem francesa, calcada em discussões de orientações do estágio, onde os diários de campo, observações e participações no campo eram semanalmente discutidas. RESULTADOS: Destaca a produção e reafirmação do racismo estrutural no país, que se expressa tanto no trato com pacientes quanto com funcionários e estudantes. A escuta da equipe profissional do hospital é marcada, muitas vezes, por práticas assistencialistas e por processos de exclusão preconceituosos, fazendo-nos indagar: “A psicologia hospitalar tem cor?” CONCLUSÃO: O objetivo da pesquisa foi cumprido e, além disso, relatar essa experiência suscitou ao campo diversas questões como: de que forma colocar em funcionamento uma gestão hospitalar que propicie uma política de compartilhamento de atenção ao paciente entre os equipamentos da atenção?