Sarah Campos Ornelas, Gustavo de Almeida Afonso, Heloíse Saick de Paula, Giovana Ferreira de Freitas, Rachel Campos Ornelas, S. Ferraz
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Resultados: No período analisado, foram registrados 111 acidentes com material biológico, dos quais 54% ocorreram somente em 2020 e 2021. A maioria dos casos deu-se em mulheres (59%), e os tipos mais frequentes de exposição foram mucosa (38%) e percutânea (33%). Dos médicos, 23% não possuíam esquema vacinal contra a hepatite B completo. Em média, em 36% dos acidentes os testes sorológicos foram negativos e em 61% não foram realizados ou o campo foi ignorado/deixado em branco. Em apenas 7,2% dos casos a quimioprofilaxia foi indicada, mas ressaltam-se os registros ignorados ou em branco. Mais da metade dos acidentados não emitiu a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT). Conclusões: Os acidentes com material biológico predominam em médicas e nas formas de exposição mucosa e percutânea. 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Perfil epidemiológico dos acidentes por material biológico em médicos da atenção primária em Minas Gerais, de 2012 a 2021
Introdução: Os acidentes ocupacionais com material biológico representam um problema de saúde pública. A exposição ocupacional dos profissionais da saúde configura-se como um risco de transmissão de diversos patógenos. Na literatura, há carência de estudos que analisem o perfil dos acidentes com material biológico nos médicos da atenção primária. Objetivo: Buscou-se compreender o perfil epidemiológico dos acidentes com material biológico em médicos da atenção primária em Minas Gerais. Métodos: Estudo epidemiológico descritivo com análise do perfil dos acidentes com material biológico em médicos da atenção primária em Minas Gerais, utilizando dados secundários. Resultados: No período analisado, foram registrados 111 acidentes com material biológico, dos quais 54% ocorreram somente em 2020 e 2021. A maioria dos casos deu-se em mulheres (59%), e os tipos mais frequentes de exposição foram mucosa (38%) e percutânea (33%). Dos médicos, 23% não possuíam esquema vacinal contra a hepatite B completo. Em média, em 36% dos acidentes os testes sorológicos foram negativos e em 61% não foram realizados ou o campo foi ignorado/deixado em branco. Em apenas 7,2% dos casos a quimioprofilaxia foi indicada, mas ressaltam-se os registros ignorados ou em branco. Mais da metade dos acidentados não emitiu a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT). Conclusões: Os acidentes com material biológico predominam em médicas e nas formas de exposição mucosa e percutânea. Investimentos em medidas de biossegurança e educação permanente são necessários para prevenir casos e estimular sua notificação.