Sistemas de culturas para o cultivo de soja no cerrado

O cerrado é uma região de suma importância no crescimento da produção de grãos no Brasil. Contudo, neste ecossistema a distribuição das chuvas é irregular, e aliado à baixa capacidade de retenção de água dos solos, causa sérios decréscimos na produtividade das culturas agrícolas. Desse modo, objetivou-se com o presente trabalho avaliar alternativas para o cultivo da soja no ecossistema cerrado, envolvendo sistemas agrícolas produtivos que possam diversificar melhor o uso do solo. O experimento foi realizado na área experimental da Universidade Federal do Tocantins – UFT, município de Gurupi-TO. Foi implantado em arranjo fatorial (6 x 3), delineamento de blocos casualizados (DBC) em esquema de faixa. Os tratamentos foram constituídos por seis sistemas agrícolas: s1. Monocultivo de soja/safra; s2. Sucessão de culturas — soja/safra e feijão-caupi/safrinha; s3. Sistema de semeadura direta com sucessão — soja/safra e milheto/entressafra; s4. Sistema de semeadura direta com sucessão — soja/safra, feijão-caupi/safrinha e milheto/entressafra; s5. Sistema de semeadura direta com sucessão — soja/safra e mombaça/entressafra; e s6. Sistema de semeadura direta com sucessão — soja/safra, feijão-caupi/safrinha e mombaça/entressafra; em três anos agrícolas: safras 2020/21, 2021/22 e 2022/23. A cultivar de soja utilizada na safra 2020/21 foi a Brasmax Domínio IPRO, na safra 2021/22 a HO Iguaçu IPRO e safra 2022/23 a Soytech 700 i2x. Os sistemas de soja sobre semeadura direta com a forrageira mombaça resultaram em maiores médias dos componentes agronômicos. O feijão-caupi mostrou-se viável em cultivo como opção safrinha, sendo destaque também o sistema que possui mombaça na entressafra, expondo a importância desta forrageira.