黑人妇女被否认的叙事中的种族主义意象和(不可)修复性的 Taypis

Vista Pub Date : 2024-05-08 DOI:10.21814/vista.5509
Nayara Luiza de Souza, C. Carvalho
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摘要

Lélia Gonzalez(2020 年)认为,巴西黑人妇女遭受的种族压迫和性压迫是巴西最明显也是最被否认的殖民遗产之一。抹去巴西奴役历史的神话之一是将巴西成为种族天堂作为官方历史。然而,当我们查看杀害妇女、亲密暴力和性虐待的记录时,我们会发现黑人妇女是最大的受害者。过去的奴役以各种方式对黑人妇女造成了伤害,面对这种无法弥补的伤害,我们现在必须消除使她们成为暴力和非人化首选目标的所有结构性条件。在本文中,我们转向西尔维娅-里维拉-库西坎基(Silvia Rivera Cusicanqui,2015 年)所描述的 "taypi",即 "中间世界 "和中间空间,在这里可以观察到对立形式之间的接触,而它们之间的界限并没有消失。然而,当接触的对立面在殖民背景下被分等级时,这些接触区就会被暴力所渗透,就像黑人、印第安人和白人在巴西被种族化一样。受重新形成的时间和空间位移的启发,种族主义想象的 taypis 提议将种族主义抹杀的图像带入接触区,通过社会学方法论证明,这些图像指向巴西的 "否认的种族主义"(Gonzalez,2020 年),存在于包括新闻业在内的国家机构中。
本文章由计算机程序翻译,如有差异,请以英文原文为准。
Taypis de Imaginários Racistas e o (Ir)reparável em Narrativas Denegadas de Mulheres Negras
A opressão racial e sexual das mulheres negras brasileiras é, como defende Lélia Gonzalez (2020), uma das heranças coloniais mais perceptíveis e mais denegadas no contexto do país. Um dos mitos responsáveis pelo apagamento da história da escravização no Brasil instituiu como história oficial que esta nação seria um paraíso racial. Contudo, ao recorrermos aos registros de feminicídio, violência íntima e abusos sexuais, verifica-se uma repetição das mulheres negras como as mais vitimizadas. Diante da impossível reparação dos danos causados pelo passado de escravização que violentou as mulheres negras das mais variadas formas, cabe, no presente, eliminar todas as condições estruturais que as mantêm como alvo preferencial de violências e desumanização. Neste artigo recorremos ao que Silvia Rivera Cusicanqui (2015) descreve como “taypi”, um “mundo-do-meio” e um espaço intermediário onde é possível observar o contato entre formas opostas sem que os limites entre elas desapareçam. Essas zonas de contato, entretanto, podem ser permeadas por violência quando os opostos colocados em contato foram hierarquizados pelo contexto colonial, como Negres, Indígenas e Branques foram racializades, no Brasil. Inspirados nos deslocamentos de tempos e espaços que se reinformam, a proposta dos taypis de imaginários racistas coloca em contato imagens de apagamentos racistas que, ao serem evidenciados por meio da metodologia sociológica, apontam para o “racismo por denegação” (Gonzalez, 2020) brasileiro, presente em instituições nacionais, incluindo nos jornalismos.
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