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O artigo reflete sobre o tabu entre ciência e fé, colocando-se frente à pergunta “afinal, religião faz bem?”. Para elaborar uma resposta possível, o texto primeiro abordou uma proposta conceitual sobre religião, religiosidade e experiência religiosa e como esses conceitos são construídos de forma interligada na psique humana. Com base na obra de Jung, o texto assume o termo religiosidade como expressão de um instinto psíquico, a partir da compreensão desse espaço como inato na psique humana, o texto discutiu o lugar da experiência religiosa individual, referenciando a construção da religião como uma resposta institucionalizada. Para melhor elaboração do potencial significativo social dessa formalização da experiência religiosa em religião, utilizou-se a teoria de universo simbólico, de Berger e Luckmann, que trabalha aquilo que se entende como crença enquanto uma forma de confecção de realidade, individual e coletiva. Em conclusão, mostra-se a impossibilidade de uma resposta que finde a discussão sobre os efeitos da religião na saúde mental de um indivíduo ou sociedade, uma vez que essas qualidades são essencialmente subjetivas a cada experiência e seus atores e, por tal, não cabem nos extremos de bem ou mal absolutos.