{"title":"文字、契约、铭文","authors":"Dênis Moura de Quadros","doi":"10.15210/rle.v26i3.26283","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Partindo da afirmação de Audre Lorde (2019) de que as ferramentas do colonizador não nos auxiliarão a realizar uma mudança autêntica, apresento ferramentas e conceitos ogúnicos que estão ainda em formação na forja-útero da amefricanidade. Assim, trago o questionamento das formas de leitura e análise de obras de autoria negra, em especial de mulheres negras, partindo da escrita, que é coletiva, passando ao conceito de escritura, portadora de axé e documento histórico, culminando na inscritura, oralituralizada e coletiva que atravessa os corpos negrofemininos refletindo consciência histórica e refratando estereótipos gastos da democracia racial. Amefricanidade é aqui compreendida como potencialidade que nos permite pensar, formular e aplicar novos critérios epistemológicos e novas categorias de análise. Os conceitos, sobretudo, de escrevivência (Evaristo, 2005, 2007, 2010) e oralitura (Martins, 1997) nos auxiliam nesse processo, bem como outras pesquisas de intelectuais negros e negras","PeriodicalId":433596,"journal":{"name":"Revista Linguagem & Ensino","volume":"289 2","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2024-02-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Escrita, escritura, inscritura\",\"authors\":\"Dênis Moura de Quadros\",\"doi\":\"10.15210/rle.v26i3.26283\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Partindo da afirmação de Audre Lorde (2019) de que as ferramentas do colonizador não nos auxiliarão a realizar uma mudança autêntica, apresento ferramentas e conceitos ogúnicos que estão ainda em formação na forja-útero da amefricanidade. Assim, trago o questionamento das formas de leitura e análise de obras de autoria negra, em especial de mulheres negras, partindo da escrita, que é coletiva, passando ao conceito de escritura, portadora de axé e documento histórico, culminando na inscritura, oralituralizada e coletiva que atravessa os corpos negrofemininos refletindo consciência histórica e refratando estereótipos gastos da democracia racial. Amefricanidade é aqui compreendida como potencialidade que nos permite pensar, formular e aplicar novos critérios epistemológicos e novas categorias de análise. Os conceitos, sobretudo, de escrevivência (Evaristo, 2005, 2007, 2010) e oralitura (Martins, 1997) nos auxiliam nesse processo, bem como outras pesquisas de intelectuais negros e negras\",\"PeriodicalId\":433596,\"journal\":{\"name\":\"Revista Linguagem & Ensino\",\"volume\":\"289 2\",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2024-02-27\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Revista Linguagem & Ensino\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.15210/rle.v26i3.26283\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Linguagem & Ensino","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.15210/rle.v26i3.26283","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Partindo da afirmação de Audre Lorde (2019) de que as ferramentas do colonizador não nos auxiliarão a realizar uma mudança autêntica, apresento ferramentas e conceitos ogúnicos que estão ainda em formação na forja-útero da amefricanidade. Assim, trago o questionamento das formas de leitura e análise de obras de autoria negra, em especial de mulheres negras, partindo da escrita, que é coletiva, passando ao conceito de escritura, portadora de axé e documento histórico, culminando na inscritura, oralituralizada e coletiva que atravessa os corpos negrofemininos refletindo consciência histórica e refratando estereótipos gastos da democracia racial. Amefricanidade é aqui compreendida como potencialidade que nos permite pensar, formular e aplicar novos critérios epistemológicos e novas categorias de análise. Os conceitos, sobretudo, de escrevivência (Evaristo, 2005, 2007, 2010) e oralitura (Martins, 1997) nos auxiliam nesse processo, bem como outras pesquisas de intelectuais negros e negras