Pedro Camacho, Edna Ribeiro, Bruno Pereira, Catarina Ginete, J. Nascimento, Sandra Barrão, José Henriques, P. Rosa, Cidália Raposo, A. Almeida, R. Fernandes, Sílvia Sadio, C. Silva, M. Brito
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Fatores genéticos têm também sido considerados relevantes, no entanto com apenas 40–60% de correlação com a doença (Fritsche et al., 2014). Por outro lado, a associação com biomarcadores de imagem não invasivos é ainda limitada. Objetivos: Com a crescente importância e impacto da epigenética, o estudo MetAllAMD teve como objetivo caracterizar a expressão génica de modeladores epigenéticos (DNMT1, DNMT2A, DNMT3B) em todos os estádios da DMI e estudar a correlação com os novos biomarcadores de imagem. Material e Métodos: Um total de 14 doentes com DMI, com idades compreendidas entre os 59 e os 90 anos, foram incluídos prospectivamente neste estudo. Os participantes foram classificados em DMI precoce/intermédia (iDMI) e DMI avançada (aDMI). Apenas os casos com um exame oftalmológico completo, fundo de olho digital 133º a cores e avaliações SD-OCT foram incluídos. Através de PCR quantitativo em tempo real (qRT-PCR) procedeu-se à quantificação da transcrição de genes moduladores epigenéticos, nomeadamente, DNA methyltransferases (DNMT1, DNMT2A, DNMT3B) a partir do RNA total dos grupos descriminados. Resultados: Os participantes com aDMI apresentaram uma acuidade visual inferior (p=0,001) ao grupo com iDMI embora sem alterações significativas ao nível da espessura central da retina nem da espessura mínima da fóvea. Na quantificação da transcrição de modeladores epigenéticos verificou-se uma diminuição da DNMT1 (p=0,003), DNMT3A (p=0,004) e DNMT3B (p=0,004) no grupo aDMI. 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A expressão de Metiltransferases na Degenerescência macular da idade: potencial biomarcador (IPL/2022/MetAllAMD_ESTeSL)
Introdução: Apesar dos recentes avanços no tratamento da degenerescência macular da idade (DMI) neovascular (nDMI), a falta de opções terapêuticas para as formas não avançadas (cerca de 90%) e para as formas atróficas avançadas (Corradetti et al., 2021) reforça a necessidade de identificar potenciais biomarcadores como estratégia de saúde pública. (More, Almuhtaseb, Smith, Fraser, & Lotery, 2019) A abordagem multimodal, com o apoio da histologia, tem sido importante na procura de potenciais biomarcadores de AMD. Fatores genéticos têm também sido considerados relevantes, no entanto com apenas 40–60% de correlação com a doença (Fritsche et al., 2014). Por outro lado, a associação com biomarcadores de imagem não invasivos é ainda limitada. Objetivos: Com a crescente importância e impacto da epigenética, o estudo MetAllAMD teve como objetivo caracterizar a expressão génica de modeladores epigenéticos (DNMT1, DNMT2A, DNMT3B) em todos os estádios da DMI e estudar a correlação com os novos biomarcadores de imagem. Material e Métodos: Um total de 14 doentes com DMI, com idades compreendidas entre os 59 e os 90 anos, foram incluídos prospectivamente neste estudo. Os participantes foram classificados em DMI precoce/intermédia (iDMI) e DMI avançada (aDMI). Apenas os casos com um exame oftalmológico completo, fundo de olho digital 133º a cores e avaliações SD-OCT foram incluídos. Através de PCR quantitativo em tempo real (qRT-PCR) procedeu-se à quantificação da transcrição de genes moduladores epigenéticos, nomeadamente, DNA methyltransferases (DNMT1, DNMT2A, DNMT3B) a partir do RNA total dos grupos descriminados. Resultados: Os participantes com aDMI apresentaram uma acuidade visual inferior (p=0,001) ao grupo com iDMI embora sem alterações significativas ao nível da espessura central da retina nem da espessura mínima da fóvea. Na quantificação da transcrição de modeladores epigenéticos verificou-se uma diminuição da DNMT1 (p=0,003), DNMT3A (p=0,004) e DNMT3B (p=0,004) no grupo aDMI. Conclusões: A variação do padrão de expressão de DNA methyltransferases surge alterada nas diferentes fases da DMI podendo constituir um potencial biomarcador a estudar numa das principais causas de cegueira.