{"title":"制定教育干预措施,促进癌症幸存者的健康行为:焦点小组","authors":"Nuno Peixoto, Tiago Peixoto","doi":"10.51126/revsalus.v5isupii.745","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: Embora os sobreviventes se encontrarem livres da doença, existem evidências que demonstram que estes carecem de: a) fácil acesso a um acompanhamento profissional que se foque na promoção da saúde, b) uma abordagem centrada no sobrevivente que antecipe as suas necessidades, c) uma efetiva comunicação entre sobreviventes e profissionais e d) incentivo para a adoção de estilos de vida saudáveis que melhorem a sua Qualidade de Vida e bem-estar. Objetivos: Explorar os aspetos a integrar numa intervenção educacional de promoção dos comportamentos de saúde nos sobreviventes de cancro. Material e Métodos: Foi conduzido um estudo exploratório com recurso a um grupo focal de 9 enfermeiros peritos durante 180 minutos, de acordo com as recomendações de Krueger e Casey, 2014. Procurou-se conhecer as opiniões dos peritos sobre o conteúdo, os critérios de inclusão dos participantes e a operacionalização de uma intervenção educacional de enfermagem. Resultados: Os resultados sugerem que a construção de uma intervenção de enfermagem deve contemplar várias áreas de promoção de saúde, promover o envolvimento em comportamentos saudáveis e evitar os comportamentos de risco. Os peritos: a) destacaram a motivação como um mecanismo chave para a mudança (relevante para o desenvolvimento e manutenção de novos comportamentos), b) reforçaram a necessidade de conceção de um Plano Educacional Individualizado focado nas necessidades dos sobreviventes, c) sugeriram a possibilidade de incluir um contrato de saúde enfermeiro-sobrevivente como uma estratégia de vinculação e d) propuseram que a intervenção se iniciasse no final dos tratamentos. Nessa fase, os sobreviventes estão felizes com o sucesso do tratamento, motivados para aprender sobre a sua doença, compartilhar a sua experiência, tornar o curso do tratamento o mais tranquilo possível e procurar soluções para minimizar o risco de recorrência. Conclusões: A dificuldade de definir, operacionalizar e implementar uma intervenção educacional em enfermagem abrangente e que dê resposta às necessidades em cuidados dos sobreviventes de cancro, está intimamente relacionada com a especificidade do sobrevivente de cancro e da cronicidade da doença oncológica. As perspetivas apresentadas reforçam a ideia de que os sistemas de saúde deverão antecipar as necessidades dos sobreviventes e não apenas reagir a elas.","PeriodicalId":506230,"journal":{"name":"RevSALUS - Revista Científica da Rede Académica das Ciências da Saúde da Lusofonia","volume":"138 ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2024-01-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Desenvolvimento de uma intervenção educacional de promoção dos comportamentos de saúde nos sobreviventes de cancro: grupo focal\",\"authors\":\"Nuno Peixoto, Tiago Peixoto\",\"doi\":\"10.51126/revsalus.v5isupii.745\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Introdução: Embora os sobreviventes se encontrarem livres da doença, existem evidências que demonstram que estes carecem de: a) fácil acesso a um acompanhamento profissional que se foque na promoção da saúde, b) uma abordagem centrada no sobrevivente que antecipe as suas necessidades, c) uma efetiva comunicação entre sobreviventes e profissionais e d) incentivo para a adoção de estilos de vida saudáveis que melhorem a sua Qualidade de Vida e bem-estar. Objetivos: Explorar os aspetos a integrar numa intervenção educacional de promoção dos comportamentos de saúde nos sobreviventes de cancro. Material e Métodos: Foi conduzido um estudo exploratório com recurso a um grupo focal de 9 enfermeiros peritos durante 180 minutos, de acordo com as recomendações de Krueger e Casey, 2014. Procurou-se conhecer as opiniões dos peritos sobre o conteúdo, os critérios de inclusão dos participantes e a operacionalização de uma intervenção educacional de enfermagem. Resultados: Os resultados sugerem que a construção de uma intervenção de enfermagem deve contemplar várias áreas de promoção de saúde, promover o envolvimento em comportamentos saudáveis e evitar os comportamentos de risco. Os peritos: a) destacaram a motivação como um mecanismo chave para a mudança (relevante para o desenvolvimento e manutenção de novos comportamentos), b) reforçaram a necessidade de conceção de um Plano Educacional Individualizado focado nas necessidades dos sobreviventes, c) sugeriram a possibilidade de incluir um contrato de saúde enfermeiro-sobrevivente como uma estratégia de vinculação e d) propuseram que a intervenção se iniciasse no final dos tratamentos. Nessa fase, os sobreviventes estão felizes com o sucesso do tratamento, motivados para aprender sobre a sua doença, compartilhar a sua experiência, tornar o curso do tratamento o mais tranquilo possível e procurar soluções para minimizar o risco de recorrência. Conclusões: A dificuldade de definir, operacionalizar e implementar uma intervenção educacional em enfermagem abrangente e que dê resposta às necessidades em cuidados dos sobreviventes de cancro, está intimamente relacionada com a especificidade do sobrevivente de cancro e da cronicidade da doença oncológica. As perspetivas apresentadas reforçam a ideia de que os sistemas de saúde deverão antecipar as necessidades dos sobreviventes e não apenas reagir a elas.\",\"PeriodicalId\":506230,\"journal\":{\"name\":\"RevSALUS - Revista Científica da Rede Académica das Ciências da Saúde da Lusofonia\",\"volume\":\"138 \",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2024-01-15\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"RevSALUS - Revista Científica da Rede Académica das Ciências da Saúde da Lusofonia\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.51126/revsalus.v5isupii.745\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"RevSALUS - Revista Científica da Rede Académica das Ciências da Saúde da Lusofonia","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.51126/revsalus.v5isupii.745","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Desenvolvimento de uma intervenção educacional de promoção dos comportamentos de saúde nos sobreviventes de cancro: grupo focal
Introdução: Embora os sobreviventes se encontrarem livres da doença, existem evidências que demonstram que estes carecem de: a) fácil acesso a um acompanhamento profissional que se foque na promoção da saúde, b) uma abordagem centrada no sobrevivente que antecipe as suas necessidades, c) uma efetiva comunicação entre sobreviventes e profissionais e d) incentivo para a adoção de estilos de vida saudáveis que melhorem a sua Qualidade de Vida e bem-estar. Objetivos: Explorar os aspetos a integrar numa intervenção educacional de promoção dos comportamentos de saúde nos sobreviventes de cancro. Material e Métodos: Foi conduzido um estudo exploratório com recurso a um grupo focal de 9 enfermeiros peritos durante 180 minutos, de acordo com as recomendações de Krueger e Casey, 2014. Procurou-se conhecer as opiniões dos peritos sobre o conteúdo, os critérios de inclusão dos participantes e a operacionalização de uma intervenção educacional de enfermagem. Resultados: Os resultados sugerem que a construção de uma intervenção de enfermagem deve contemplar várias áreas de promoção de saúde, promover o envolvimento em comportamentos saudáveis e evitar os comportamentos de risco. Os peritos: a) destacaram a motivação como um mecanismo chave para a mudança (relevante para o desenvolvimento e manutenção de novos comportamentos), b) reforçaram a necessidade de conceção de um Plano Educacional Individualizado focado nas necessidades dos sobreviventes, c) sugeriram a possibilidade de incluir um contrato de saúde enfermeiro-sobrevivente como uma estratégia de vinculação e d) propuseram que a intervenção se iniciasse no final dos tratamentos. Nessa fase, os sobreviventes estão felizes com o sucesso do tratamento, motivados para aprender sobre a sua doença, compartilhar a sua experiência, tornar o curso do tratamento o mais tranquilo possível e procurar soluções para minimizar o risco de recorrência. Conclusões: A dificuldade de definir, operacionalizar e implementar uma intervenção educacional em enfermagem abrangente e que dê resposta às necessidades em cuidados dos sobreviventes de cancro, está intimamente relacionada com a especificidade do sobrevivente de cancro e da cronicidade da doença oncológica. As perspetivas apresentadas reforçam a ideia de que os sistemas de saúde deverão antecipar as necessidades dos sobreviventes e não apenas reagir a elas.