H. L. Ad’Vincula, Luana Candido Colucci Goulart, Tamiris Serpa Carvalho, Wesley Santos Dornellas, Rodrigo Guerra de Melo, L. Ribeiro
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O presente relato tem por objetivo, relatar o tratamento cirúrgico de rinotomia em um cão com CSA na cavidade nasal, levando à um período de sobrevida e qualidade de vida à paciente. Foi atendido um paciente canino em um hospital veterinário na cidade de Juiz de Fora - MG, fêmea, sem raça definida (SRD), de 7 anos e 2 meses, com 15,3 Kg de massa corporal, apresentando dispneia pelo período de 1 ano, conforme relatado pelo tutor e 45 dias antes do atendimento iniciou quadro de epistaxe unilateral direito de caráter intermitente. Anteriormente a paciente já havia passado por outro atendimento pela mesma queixa, no qual foi prescrito ácido tranexâmico e prednisolona, com melhora momentânea do quadro. Sendo então encaminhada para realização de tomografia computadorizada a qual constatou neoformação em seio nasal direito. Em 2 de março de 2023 o animal foi internado para intervenção cirúrgica, onde foi ressecada a massa tumoral. Após remoção do conteúdo, o leito foi lavado com solução fisiológica à temperatura ambiente. No fechamento da cavidade criada, utilizou-se tela de polipropileno Waltex® fixada por suas bordas à musculatura O material coletado na cavidade nasal direita foi encaminhado para exame histopatológico, o qual indicou que a neoformação se tratava de um Condrossarcoma, com estroma mixóide, com focos de diferenciação condroide madura. 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Aspectos cirúrgicos de um condrossarcoma em cavidade nasal de cão
Condrossarcomas (CSA) são tumores mesenquimais caracterizados por proliferação de células e tecido intersticial, morfologicamente apresentam características cartilagíneas em diferentes estágios de desenvolvimento. Condrossarcomas podem ser primários, quando originados de um osso anteriormente normal, ou secundários a um condroma preexistente. Geralmente apresentam crescimento lento, baixo índice metastático e são bem diferenciados. Classificados em dois subtipos: mixóide (mais frequente), e mesenquimais. Nos cães, o CSA corresponde aproximadamente a 10% dos tumores ósseos. O presente relato tem por objetivo, relatar o tratamento cirúrgico de rinotomia em um cão com CSA na cavidade nasal, levando à um período de sobrevida e qualidade de vida à paciente. Foi atendido um paciente canino em um hospital veterinário na cidade de Juiz de Fora - MG, fêmea, sem raça definida (SRD), de 7 anos e 2 meses, com 15,3 Kg de massa corporal, apresentando dispneia pelo período de 1 ano, conforme relatado pelo tutor e 45 dias antes do atendimento iniciou quadro de epistaxe unilateral direito de caráter intermitente. Anteriormente a paciente já havia passado por outro atendimento pela mesma queixa, no qual foi prescrito ácido tranexâmico e prednisolona, com melhora momentânea do quadro. Sendo então encaminhada para realização de tomografia computadorizada a qual constatou neoformação em seio nasal direito. Em 2 de março de 2023 o animal foi internado para intervenção cirúrgica, onde foi ressecada a massa tumoral. Após remoção do conteúdo, o leito foi lavado com solução fisiológica à temperatura ambiente. No fechamento da cavidade criada, utilizou-se tela de polipropileno Waltex® fixada por suas bordas à musculatura O material coletado na cavidade nasal direita foi encaminhado para exame histopatológico, o qual indicou que a neoformação se tratava de um Condrossarcoma, com estroma mixóide, com focos de diferenciação condroide madura. A intervenção cirúrgica demonstrou-se eficaz e satisfatória, a qual foi possível ressecção da neoformação, que posteriormente foi classificada como condrossarcoma, possibilitando qualidade de vida ao paciente após procedimento cirúrgico.