Joaklebio Alves da Silva, Monica Lopes Folena Araújo
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Assim, buscamos verificar em que medida discentes da Licenciatura em Ciências Biológicas que cursaram a ERER enquanto componente curricular têm identificado e compreendido as possíveis relações entre ensino de Ciências e Biologia para a Educação Básica, e as discussões que configuram o educar para as relações étnico-raciais propostas durante sua formação inicial. Para isso recorremos à abordagem qualitativa de pesquisa por meio de um Estudo de Caso realizado em uma universidade federal do nordeste brasileiro que é pioneira em institucionalizar a ERER enquanto componente obrigatório nos currículos dos cursos de licenciatura, cujos dados foram coletados por meio de um questionário e submetidos à análise de conteúdo. Os resultados revelam que os/as discentes identificam e compreendem as relações entre ERER e ensino de Ciências e Biologia na medida em que o curso de formação inicial oferta o estudo de conceitos neste campo, permitindo-os/as compreender as relações étnico-raciais no Brasil, e identificar elementos da Biologia que possibilitam o planejamento de práticas docentes antirracistas, promovendo uma articulação de cunho epistemológico entre o ensino da Biologia e o ensino das Relações Étnico-Raciais.","PeriodicalId":283731,"journal":{"name":"Revista Educação e Emancipação","volume":"290 4","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-11-20","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Por uma pedagogia antirracista no ensino de Ciências\",\"authors\":\"Joaklebio Alves da Silva, Monica Lopes Folena Araújo\",\"doi\":\"10.18764/2358-4319v16n3.2023.57\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Professores/as que trabalham com a Educação em Ciências, mais especificamente com o ensino de Biologia, apresentam dificuldades em estabelecer relações entre o ensino das Ciências Biológicas e a Educação das Relações Étnico-Raciais (ERER) em suas aulas, o que tem sido resultado marcante da ausência de uma Pedagogia Antirracista na formação inicial. 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Por uma pedagogia antirracista no ensino de Ciências
Professores/as que trabalham com a Educação em Ciências, mais especificamente com o ensino de Biologia, apresentam dificuldades em estabelecer relações entre o ensino das Ciências Biológicas e a Educação das Relações Étnico-Raciais (ERER) em suas aulas, o que tem sido resultado marcante da ausência de uma Pedagogia Antirracista na formação inicial. Atualmente Instituições de Ensino Superior tem ofertado componentes curriculares voltadas a ERER nos cursos de licenciatura das diversas áreas do conhecimento. Assim, buscamos verificar em que medida discentes da Licenciatura em Ciências Biológicas que cursaram a ERER enquanto componente curricular têm identificado e compreendido as possíveis relações entre ensino de Ciências e Biologia para a Educação Básica, e as discussões que configuram o educar para as relações étnico-raciais propostas durante sua formação inicial. Para isso recorremos à abordagem qualitativa de pesquisa por meio de um Estudo de Caso realizado em uma universidade federal do nordeste brasileiro que é pioneira em institucionalizar a ERER enquanto componente obrigatório nos currículos dos cursos de licenciatura, cujos dados foram coletados por meio de um questionário e submetidos à análise de conteúdo. Os resultados revelam que os/as discentes identificam e compreendem as relações entre ERER e ensino de Ciências e Biologia na medida em que o curso de formação inicial oferta o estudo de conceitos neste campo, permitindo-os/as compreender as relações étnico-raciais no Brasil, e identificar elementos da Biologia que possibilitam o planejamento de práticas docentes antirracistas, promovendo uma articulação de cunho epistemológico entre o ensino da Biologia e o ensino das Relações Étnico-Raciais.