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Neste artigo examino a emergência de um movimento quilombola no Baixo Tocantins, na mesorregião do nordeste paraense, a partir de estratégias e discursos acionados pelas comunidades que o integram no campo da educação escolar enquanto espaço de resistência/r-existência e reafirmação de uma especificidade socioterritorial. Da observação e escuta etnográfica vivenciadas restou compreendido o interesse dos sujeitos em tratar da educação como um assunto público estruturante da agenda que articula o movimento, mas uma educação que reconheça e valorize as epistemologias do quilombo, pondo-as em diálogo com outras formas de compreender o mundo e habitá-lo. Diferentemente de dinâmicas territoriais cuja construção passa por uma ambientalização do conflito, tensionamentos e fraturas, neste caso a condição de aglutinação do exercício mobilizatório é dada pelo debate e o acordo entre as lideranças quilombolas e agentes públicos representantes do aparelho governamental.