Suhender Ribeiro da Silva, Flávia dos Santos Soares
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O livro didático, ao lado de outras fontes, pode ser identificado como um material de significativa contribuição para a história das práticas educativas além de ser visto como portador de parte dos conteúdos a serem ensinados, o que permite enxergar o livro como fonte de pesquisas que se volta para a compreensão da cultura escolar e para a constituição das disciplinas escolares. No Brasil, a década de 1830 marca o momento em que começam a surgir as primeiras obras didáticas nacionais na área de Matemática, usadas em escolas, exames preparatórios e, posteriormente, em liceus e colégios. A partir de então, uma questão que começa a se impor, particularmente a partir de 1854 com as Reformas de Couto Ferraz, é o controle sobre os livros usados nas escolas. A fim de avaliar a qualidade desses livros, pareceres redigidos por professores de instituições renomadas eram utilizados para decidir se um livro deveria ser adotado e/ou mantido na escola. Esses pareceres podem ser tomados como documentos importantes que expressam critérios de qualidade que os livros didáticos deveriam obedecer. Esse artigo tem como objetivo analisar o processo de avaliação de obras didáticas no século XIX a fim de identificar quais critérios gerais e outros específicos para a área de matemática podem ser depreendidos dos pareceres compreendendo o papel e a importância dos pareceres no processo de validação das obras didáticas também como estratégias para a circulação de livros escolares.