{"title":"劳动和教育","authors":"Débora Villetti Zuck","doi":"10.20396/rho.v23i00.8661477","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Este artigo identifica e analisa elementos relacionados ao trabalho e à educação em Adam Smith e Karl Marx. Por meio da análise comparada foram estudados textos base nos quais estes clássicos debatem, nos séculos XVIII e XIX, os seguintes elementos: trabalho e seus diferentes tipos; causas e consequências da divisão do trabalho; aumento da produtividade; ferramentas de trabalho; riqueza social; processo de formação dos salários; homem e trabalhador; sociedade e Estado; história; e educação. Dentre os resultados, destaca-se o trabalho, para Smith, como a base que fornece o necessário aos homens, cuja divisão técnica possibilitaria estender bem-estar. Para Marx, o trabalho é a forma de produção da vida humana e sua divisão, social e técnica, de determinado modo cria o capitalismo. Os teóricos convergem que a riqueza social resulta do trabalho, porém, contrastam entre “naturalmente” distribuído versus fruto da exploração e apropriada privadamente. Em Smith, a educação está vinculada aos conhecimentos necessários ao trabalho, para o aumento da produção e o desenvolvimento da nação. Marx situa-a como instrumento de classe, necessidade decorrente dos avanços dos meios de produção, atrelada à divisão social, o que confere caráter unilateral ao desenvolvimento humano. São apontadas, portanto, divergências, especificidades, bem como concepções diametralmente opostas, as quais seguem fundamentando a formação humana, sob a visão burguesa ou à tessitura da sua crítica e superação, a qual permanece necessária e atual enquanto o modo de produção capitalista existir.","PeriodicalId":262871,"journal":{"name":"Revista HISTEDBR On-line","volume":"28 S1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-11-22","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Trabalho e educação\",\"authors\":\"Débora Villetti Zuck\",\"doi\":\"10.20396/rho.v23i00.8661477\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Este artigo identifica e analisa elementos relacionados ao trabalho e à educação em Adam Smith e Karl Marx. Por meio da análise comparada foram estudados textos base nos quais estes clássicos debatem, nos séculos XVIII e XIX, os seguintes elementos: trabalho e seus diferentes tipos; causas e consequências da divisão do trabalho; aumento da produtividade; ferramentas de trabalho; riqueza social; processo de formação dos salários; homem e trabalhador; sociedade e Estado; história; e educação. Dentre os resultados, destaca-se o trabalho, para Smith, como a base que fornece o necessário aos homens, cuja divisão técnica possibilitaria estender bem-estar. Para Marx, o trabalho é a forma de produção da vida humana e sua divisão, social e técnica, de determinado modo cria o capitalismo. Os teóricos convergem que a riqueza social resulta do trabalho, porém, contrastam entre “naturalmente” distribuído versus fruto da exploração e apropriada privadamente. Em Smith, a educação está vinculada aos conhecimentos necessários ao trabalho, para o aumento da produção e o desenvolvimento da nação. Marx situa-a como instrumento de classe, necessidade decorrente dos avanços dos meios de produção, atrelada à divisão social, o que confere caráter unilateral ao desenvolvimento humano. São apontadas, portanto, divergências, especificidades, bem como concepções diametralmente opostas, as quais seguem fundamentando a formação humana, sob a visão burguesa ou à tessitura da sua crítica e superação, a qual permanece necessária e atual enquanto o modo de produção capitalista existir.\",\"PeriodicalId\":262871,\"journal\":{\"name\":\"Revista HISTEDBR On-line\",\"volume\":\"28 S1\",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2023-11-22\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Revista HISTEDBR On-line\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.20396/rho.v23i00.8661477\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista HISTEDBR On-line","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.20396/rho.v23i00.8661477","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Este artigo identifica e analisa elementos relacionados ao trabalho e à educação em Adam Smith e Karl Marx. Por meio da análise comparada foram estudados textos base nos quais estes clássicos debatem, nos séculos XVIII e XIX, os seguintes elementos: trabalho e seus diferentes tipos; causas e consequências da divisão do trabalho; aumento da produtividade; ferramentas de trabalho; riqueza social; processo de formação dos salários; homem e trabalhador; sociedade e Estado; história; e educação. Dentre os resultados, destaca-se o trabalho, para Smith, como a base que fornece o necessário aos homens, cuja divisão técnica possibilitaria estender bem-estar. Para Marx, o trabalho é a forma de produção da vida humana e sua divisão, social e técnica, de determinado modo cria o capitalismo. Os teóricos convergem que a riqueza social resulta do trabalho, porém, contrastam entre “naturalmente” distribuído versus fruto da exploração e apropriada privadamente. Em Smith, a educação está vinculada aos conhecimentos necessários ao trabalho, para o aumento da produção e o desenvolvimento da nação. Marx situa-a como instrumento de classe, necessidade decorrente dos avanços dos meios de produção, atrelada à divisão social, o que confere caráter unilateral ao desenvolvimento humano. São apontadas, portanto, divergências, especificidades, bem como concepções diametralmente opostas, as quais seguem fundamentando a formação humana, sob a visão burguesa ou à tessitura da sua crítica e superação, a qual permanece necessária e atual enquanto o modo de produção capitalista existir.