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A formação de professores primários nas dissidências entre o velho e o novo (São Paulo, 1936-1941)
O artigo objetiva evidenciar a oposição às iniciativas da Escola Nova no âmbito da formação de professores primários por meio dos escritos de Ataliba de Oliveira (1884-1967) publicados no jornal Correio Paulistano entre 1936 e 1941. Esse professor, que exerceu diferentes funções docentes e administrativas no sistema educacional do estado de São Paulo, tornou-se articulista e demarcou seu entendimento sobre o ensino normal, criticou as medidas instituídas pelas novas diretrizes e descreveu, sob sua perspectiva, como foi a recepção delas pelo magistério, indicando possíveis consequências das reformas. A análise de 196 artigos (e de outras fontes documentais correlatas ao tema) possibilitou identificar resistências à reforma liderada pelos escolanovistas manifestas no próprio aparato educacional, fortes divergências sobre o processo formativo dos professores e uso de diferentes dispositivos para mobilizar a opinião pública, em geral, e a dos educadores, em particular, próprias de períodos de efervescência cultural e política. O estudo dialogou com referências historiográficas da educação brasileira e apoiou-se nas análises de Eric Hobsbawn sobre tradições inventadas e de Roger Chartier sobre circulação de impressos, principalmente para considerar a dicotomia entre o velho e novo e entre reformas e práticas pedagógicas consolidadas.