Camila Sampaio Nogueira, Rafaela Yasmine de Sousa Ferreira, F. C. Medeiros
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Os dados coletados foram comparados com o levantamento bibliográfico realizado acerca dos aspectos que podem interferir no interesse das mulheres pelo DIU como método contraceptivo. Resultados: Entre as 12 mulheres do estudo, o método contraceptivo mais utilizado foi condom; nenhuma fazia uso de DIU. Apesar de 83% delas manifestarem conhecimento e interesse pelo DIU, 60% afirmaram nunca ter recebido explicações sobre o método por algum profissional de saúde. Medo, falta de informação e dificuldade de acesso foram as barreiras impeditivas à escolha pelo DIU mais comumente citadas. 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Introdução: Diante da presença das mulheres no mercado de trabalho e nas universidades e da consequente postergação da maternidade, o uso de métodos contraceptivos que lhes garantam autonomia, segurança e liberdade é essencial para a manutenção de seu papel de crescente destaque na sociedade. Estudos demonstram que as informações a respeito do dispositivo intrauterino (DIU) ainda não alcançam a população efetivamente, de modo que a decisão pela utilização do método ainda é permeada por insegurança e desinteresse. Métodos: Trata- se de um estudo piloto que utilizou como técnica de coleta de dados a aplicação de questionário, de elaboração própria, a 12 usuárias de uma Unidade de Atenção Primária à Saúde em Araturi, Caucaia, Ceará, localizada na região metropolitana de Fortaleza. Os dados coletados foram comparados com o levantamento bibliográfico realizado acerca dos aspectos que podem interferir no interesse das mulheres pelo DIU como método contraceptivo. Resultados: Entre as 12 mulheres do estudo, o método contraceptivo mais utilizado foi condom; nenhuma fazia uso de DIU. Apesar de 83% delas manifestarem conhecimento e interesse pelo DIU, 60% afirmaram nunca ter recebido explicações sobre o método por algum profissional de saúde. Medo, falta de informação e dificuldade de acesso foram as barreiras impeditivas à escolha pelo DIU mais comumente citadas. Conclusões: Atividades de educação em saúde realizadas de forma oportuna pelos profissionais de saúde têm o potencial de reduzir as barreiras mais comuns à escolha pelo DIU e podem refletir de forma positiva na garantia dos direitos reprodutivo e sexual das mulheres.