2010 年至 2021 年巴西的肝移植:30 天存活率

Sheila Maria de Luna Nascimento, Maria Eduarda Miranda Fabris, Juliana Maldonado Barros, Livia Maria Ribeiro, Amanda Bitandi Frizanco, Ana Liz Palombo Santiago, H. D. Hoffmann-Santos, Paulo Luiz Batista Nogueira
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Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico, observacional, analítico do tipo coorte não concorrente, com dados obtidos do Sistema de Informações Hospitalares referentes a hospitalizações que realizaram transplante de fígado, em todas as unidades da federação (UF) do Brasil entre janeiro de 2010 e dezembro de 2021. Resultados: Foram realizados no país 17.254 transplantes de fígado, à um custo total de R$ 1.657.439.379,00 financiado pelo SUS em pacientes com idade média de 53,78 anos. O sexo feminino apresentou probabilidade de sobrevida menor que pacientes do sexo masculino. Quanto ao período 15 dias de internação hospitalar, os pacientes sem diagnóstico de insuficiência hepática apresentaram probabilidade de sobrevida de 86,4% (IC95% = 85,7 - 87,2) e os pacientes com diagnóstico de insuficiência hepática com probabilidade de sobrevida de 81,7% (IC95% = 80,0 - 83,4). 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摘要

导言:在巴西,统一医疗系统负责95%以上的肝脏移植手术,使基本医疗服务在更平等的基础上得以提供。然而,由于潜在疾病的严重性影响了术后的存活率,面对日益增长的需求和成功手术的挑战,巴西存在器官短缺的问题。目的:调查 2010 年至 2021 年期间巴西各州的肝移植率,并评估其与接受肝移植手术的患者存活率之间的关系。方法:这是一项非竞争性队列式流行病学观察分析研究,研究数据来自医院信息系统,涉及2010年1月至2021年12月期间巴西所有联邦单位(FU)接受肝移植的住院病人。结果:巴西共进行了17254例肝移植手术,总费用为1,657,439,379.00雷亚尔,由统一卫生系统资助,患者平均年龄为53.78岁。女性患者的存活概率低于男性患者。在 15 天的住院时间内,未确诊肝功能衰竭的患者的存活率为 86.4%(95%CI = 85.7 - 87.2),确诊肝功能衰竭的患者的存活率为 81.7%(95%CI = 80.0 - 83.4)。死亡率为 12.29%,在年龄(P=0.13)、住院时间(P=0.31)、酒精性肝病(P=0.14)、肝纤维化和肝硬化(P=0.22)方面,存活率没有差异。从统计学角度看,接受已故或活体肝脏捐赠的移植受者的存活概率相似。结论:由于等待者名单很长,捐献者的数量仍然不足。肝功能衰竭患者和女性患者的基础疾病对术后存活率的影响更大。
本文章由计算机程序翻译,如有差异,请以英文原文为准。
Transplante de Fígado no Brasil entre 2010 e 2021: Sobrevida de 30 Dias
Introdução: No Brasil, o Sistema Único de Saúde, é responsável por mais de 95% transplantes hepáticos, disponibilizando de modo mais igualitário um serviço essencial à saúde. Todavia, há carência de órgãos frente à crescente demanda e desafios para alcançar o sucesso do procedimento, devido a gravidade das doenças de base que impactam na sobrevida pós cirurgia. Objetivo: Investigar a taxa de transplante de fígado em todas as unidades federativas do Brasil entre os anos de 2010 e 2021, bem como avaliar sua relação com sobrevida dos pacientes submetidos ao procedimento. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico, observacional, analítico do tipo coorte não concorrente, com dados obtidos do Sistema de Informações Hospitalares referentes a hospitalizações que realizaram transplante de fígado, em todas as unidades da federação (UF) do Brasil entre janeiro de 2010 e dezembro de 2021. Resultados: Foram realizados no país 17.254 transplantes de fígado, à um custo total de R$ 1.657.439.379,00 financiado pelo SUS em pacientes com idade média de 53,78 anos. O sexo feminino apresentou probabilidade de sobrevida menor que pacientes do sexo masculino. Quanto ao período 15 dias de internação hospitalar, os pacientes sem diagnóstico de insuficiência hepática apresentaram probabilidade de sobrevida de 86,4% (IC95% = 85,7 - 87,2) e os pacientes com diagnóstico de insuficiência hepática com probabilidade de sobrevida de 81,7% (IC95% = 80,0 - 83,4). A letalidade descrita foi de 12,29% e não houve diferença de sobrevida quanto a faixa etária (p=0,13), período de internação (p=0,31), doença alcoólica do fígado (p=0,14) e fibrose e cirrose hepática (p=0,22). A probabilidade de sobrevida foi estatisticamente semelhante entre transplantados que receberam fígado de doador falecido ou vivo. Conclusão: A quantidade de doadores permanece insuficientes frente a extensa lista de espera. O impacto das condições de base na sobrevida após cirurgia, observa-se desfecho negativo maior nos pacientes com insuficiência hepática e no sexo feminino.
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