{"title":"青春期的殖民化和精神分析对它的颠覆","authors":"Samuel Pereira, M. Maesso","doi":"10.12957/epp.2023.80175","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O presente artigo possui o objetivo de, a partir de uma investigação teórica de textos sociais e psicanalíticos, analisar como a adolescência aparece, na modernidade, como um privilegiado produto político da colonização. Associamos à emergência dessa idade da vida, a biopolítica e a necropolítica, sendo a primeira um conceito de Michel Foucault e a segunda, de Achille Mbembe. Igualmente, analisamos como que o significante \"adolescência\" é interceptado por diferentes significados violentos, os quais deslocam-se inversamente e abaixo da cadeia de significantes, e que aprisionam os adolescentes em sentidos colonizadores, impondo-lhes um processo de destituição subjetiva. Recorremos às contribuições de Glória Anzaldúa e do psicanalista Jacques Lacan, para indicar uma outra identidade adolescente possível a qual prima pela proposição de novos significados e pelo deslocamento metonímico do significante, opondo-se àquela forjada pela colonização. Assim, indicamos como que a Psicanálise pode ser uma opção viável para a subversão da colonização da adolescência, privilegiando o sujeito e o desejo.","PeriodicalId":33275,"journal":{"name":"Estudos e Pesquisas em Psicologia","volume":"13 26","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-12-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"A Colonização da Adolescência e sua Subversão pela Psicanálise\",\"authors\":\"Samuel Pereira, M. Maesso\",\"doi\":\"10.12957/epp.2023.80175\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"O presente artigo possui o objetivo de, a partir de uma investigação teórica de textos sociais e psicanalíticos, analisar como a adolescência aparece, na modernidade, como um privilegiado produto político da colonização. Associamos à emergência dessa idade da vida, a biopolítica e a necropolítica, sendo a primeira um conceito de Michel Foucault e a segunda, de Achille Mbembe. Igualmente, analisamos como que o significante \\\"adolescência\\\" é interceptado por diferentes significados violentos, os quais deslocam-se inversamente e abaixo da cadeia de significantes, e que aprisionam os adolescentes em sentidos colonizadores, impondo-lhes um processo de destituição subjetiva. Recorremos às contribuições de Glória Anzaldúa e do psicanalista Jacques Lacan, para indicar uma outra identidade adolescente possível a qual prima pela proposição de novos significados e pelo deslocamento metonímico do significante, opondo-se àquela forjada pela colonização. Assim, indicamos como que a Psicanálise pode ser uma opção viável para a subversão da colonização da adolescência, privilegiando o sujeito e o desejo.\",\"PeriodicalId\":33275,\"journal\":{\"name\":\"Estudos e Pesquisas em Psicologia\",\"volume\":\"13 26\",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2023-12-11\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Estudos e Pesquisas em Psicologia\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.12957/epp.2023.80175\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Estudos e Pesquisas em Psicologia","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.12957/epp.2023.80175","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
A Colonização da Adolescência e sua Subversão pela Psicanálise
O presente artigo possui o objetivo de, a partir de uma investigação teórica de textos sociais e psicanalíticos, analisar como a adolescência aparece, na modernidade, como um privilegiado produto político da colonização. Associamos à emergência dessa idade da vida, a biopolítica e a necropolítica, sendo a primeira um conceito de Michel Foucault e a segunda, de Achille Mbembe. Igualmente, analisamos como que o significante "adolescência" é interceptado por diferentes significados violentos, os quais deslocam-se inversamente e abaixo da cadeia de significantes, e que aprisionam os adolescentes em sentidos colonizadores, impondo-lhes um processo de destituição subjetiva. Recorremos às contribuições de Glória Anzaldúa e do psicanalista Jacques Lacan, para indicar uma outra identidade adolescente possível a qual prima pela proposição de novos significados e pelo deslocamento metonímico do significante, opondo-se àquela forjada pela colonização. Assim, indicamos como que a Psicanálise pode ser uma opção viável para a subversão da colonização da adolescência, privilegiando o sujeito e o desejo.