Aridane Ferreira Araújo, Erick Damasceno Braga, Andressa Silva Araújo, Débora Krüger Sarturi, I. G. Araújo, Geysa Aguiar Romeu
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Houve predominância de jovens adultos de 21 a 30 anos, 34,7% (n= 33) e com escolaridade maior que 12 anos, 57,9% (n= 55); 60,0% (n= 57) eram naturais da região metropolitana e 81,1% (n= 77) residem na capital. 60,0% (n= 57) afirmaram ter diagnóstico de HIV/AIDS entre 1 e 5 anos; 74,7% (n= 71) tinham carga viral indetectável (<50 cópias/mL), contudo 22,1% (n= 21) não possuíam exames atualizados. A maioria dos pacientes (n=86) não lembra os nomes dos medicamentos que utilizam. 13,7% (n= 13) afirmaram que deixaram de tomar o medicamento quando se sentiram tristes e 12,6% (n=12) por consumir bebida alcoólica. O fator esquecimento foi o mais relatado 80,0% (n= 76). Junto a isso, 91,5% (n= 87) relataram que o atendimento farmacêutico auxilia muito na orientação dos medicamentos. Na avaliação da adesão ao tratamento, 41,1% (n= 39) apresentaram uma baixa adesão, com uma pontuação menor que 6. Conclusão: à baixa adesão à terapia antirretroviral pode estar associada a vários fatores. 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Terapia antirretroviral: fatores relacionados à falta de adesão
Objetivo: analisar o perfil de pacientes portadores de HIV/Aids em acompanhamento em um Serviço de Atendimento Especializado e sua adesão à terapia antirretroviral. Métodos: estudo transversal e descritivo, com abordagem qualitativa, realizado nos meses de agosto e setembro de 2020, em Fortaleza, capital do estado do Ceará. O recrutamento voluntário ocorreu durante o atendimento farmacêutico em sala reservada e utilizou-se de formulário adaptado e a Escala de Adesão Terapêutica de Morisky. Resultados: foram entrevistados 95 pacientes dos quais 58,9% (n= 56) eram do sexo masculino. Houve predominância de jovens adultos de 21 a 30 anos, 34,7% (n= 33) e com escolaridade maior que 12 anos, 57,9% (n= 55); 60,0% (n= 57) eram naturais da região metropolitana e 81,1% (n= 77) residem na capital. 60,0% (n= 57) afirmaram ter diagnóstico de HIV/AIDS entre 1 e 5 anos; 74,7% (n= 71) tinham carga viral indetectável (<50 cópias/mL), contudo 22,1% (n= 21) não possuíam exames atualizados. A maioria dos pacientes (n=86) não lembra os nomes dos medicamentos que utilizam. 13,7% (n= 13) afirmaram que deixaram de tomar o medicamento quando se sentiram tristes e 12,6% (n=12) por consumir bebida alcoólica. O fator esquecimento foi o mais relatado 80,0% (n= 76). Junto a isso, 91,5% (n= 87) relataram que o atendimento farmacêutico auxilia muito na orientação dos medicamentos. Na avaliação da adesão ao tratamento, 41,1% (n= 39) apresentaram uma baixa adesão, com uma pontuação menor que 6. Conclusão: à baixa adesão à terapia antirretroviral pode estar associada a vários fatores. O estudo demonstra à importância do farmacêutico na melhoria da aceitação ao tratamento.