Renata Oliveira Maciel dos Santos, Monica de Assis, Arn Migowski
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Métodos: Estudo qualitativo-participativo que envolveu nove médicos de diferentes estados do Brasil e 104 mulheres na etapa de elaboração e 40 na de avaliação da ferramenta, seguindo as recomendações do International Patient Decision Aid Standards, em quatro etapas: rodas de conversa, síntese de evidências, revisão de ferramentas e avaliação da ferramenta por médicos e mulheres. Resultados: A ferramenta elaborada é inédita no Brasil e todos os médicos que a utilizaram a consideraram útil na conversa sobre os riscos e benefícios do rastreamento; 88,9% avaliaram que as informações facilitaram o entendimento — visão compartilhada por 80% das mulheres — e 77,8% consideraram que reduziu ou não interferiu no tempo de consulta. A ferramenta foi posteriormente aprimorada conforme as críticas e sugestões. 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Ferramenta de apoio à decisão no rastreamento mamográfico para mulheres de 40 a 49 anos
Introdução: O rastreamento do câncer de mama no Brasil é recomendado para as mulheres de 50 a 69 anos, conforme diretrizes nacionais para a detecção precoce do câncer de mama do Instituto Nacional de Câncer/Ministério da Saúde. Embora ele seja tradicionalmente difundido como prática apenas benéfica, as evidências científicas apontam sua complexidade e a necessidade de comunicar o balanço entre os riscos e os benefícios, sobretudo em mulheres mais jovens. Objetivo: Descrever o processo participativo de elaboração de uma ferramenta de apoio à decisão para o rastreamento do câncer de mama quando buscado por mulheres com idade entre 40 e 49 anos no Brasil. Métodos: Estudo qualitativo-participativo que envolveu nove médicos de diferentes estados do Brasil e 104 mulheres na etapa de elaboração e 40 na de avaliação da ferramenta, seguindo as recomendações do International Patient Decision Aid Standards, em quatro etapas: rodas de conversa, síntese de evidências, revisão de ferramentas e avaliação da ferramenta por médicos e mulheres. Resultados: A ferramenta elaborada é inédita no Brasil e todos os médicos que a utilizaram a consideraram útil na conversa sobre os riscos e benefícios do rastreamento; 88,9% avaliaram que as informações facilitaram o entendimento — visão compartilhada por 80% das mulheres — e 77,8% consideraram que reduziu ou não interferiu no tempo de consulta. A ferramenta foi posteriormente aprimorada conforme as críticas e sugestões. Conclusões: O estudo mostrou o alcance do objetivo da ferramenta em oferecer suporte à decisão compartilhada e boa aceitação entre médicos e mulheres.