Lívia Romero de Moura, Maria das Dores Mendes Segundo
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A crise estrutural do capital e as estratégias neoliberais na educação básica pública brasileira
Neste ensaio, discorremos sobre a crise estrutural do capitalismo, tese defendida por István Mészáros (2002), e as estratégias neoliberais para a superação da crise e a retomada da economia, protagonizada pelo grande capital e mediada pelo Estado brasileiro. Neste propósito, analisamos o processo de reestruturação produtiva neste contexto neoliberal e seus desdobramentos na educação pública a partir das últimas décadas do século XX. Tomando como referencial teórico-metodológico a perspectiva crítica, efetuamos um resgate bibliográfico-documental sobre adequação da educação ao modelo neoliberal e ao processo de produção e acumulação no contexto de crise do capital. Em linhas gerais, atestamos que a flexibilização das relações de trabalho imposta pela reestruturação produtiva vem ajustando a educação a este conceito empresarial, atribuindo à escola as formas gerenciais de eficiência para formação deste novo trabalhador. A privatização da educação brasileira tem se ampliado, sobretudo no contexto da crise do capital, agravada na crise sanitária em decorrência da Pandemia Covid-19.