Rafael da Luz Machado, Tatiani Almeida Louzado Sant'Anna, Matheus magno Dos santos Fim
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Método: Neste contexto surgiu a proposta de ofertar acolhimento e o manejo inicial da demanda de pessoas transgênero, voltados à saúde integral, com foco no processo de hormonização, aproveitando a estrutura existente de uma Unidade de Saúde da Família e médicos residentes. A equipe referida buscou se capacitar com o apoio da gerência local e da Secretaria Municipal de Saúde, ofertando atendimento semanal a partir de maio de 2022. Resultados: Tendo mal completado um ano de atividade, o ambulatório atende mais de cem pacientes e recebe encaminhamentos de outros serviços da rede de saúde e assistência. Conclusão: Com base nessa experiência, afirma-se que os programas de residência médica em Medicina de Família e Comunidade se mostram como espaços potenciais de fomento de construção das políticas públicas para esta população, que historicamente possui barreiras de acesso ao cuidado em saúde.","PeriodicalId":21274,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade","volume":"100 6","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-12-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Construindo um ambulatório para a população transgênero\",\"authors\":\"Rafael da Luz Machado, Tatiani Almeida Louzado Sant'Anna, Matheus magno Dos santos Fim\",\"doi\":\"10.5712/rbmfc18(45)3830\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Problema: Este artigo é um relato de experiência da construção de um ambulatório de hormonização para pessoas transgênero no contexto de um Programa de Residência em Medicina de Família e Comunidade no município de Vitória, Espírito Santo. 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Construindo um ambulatório para a população transgênero
Problema: Este artigo é um relato de experiência da construção de um ambulatório de hormonização para pessoas transgênero no contexto de um Programa de Residência em Medicina de Família e Comunidade no município de Vitória, Espírito Santo. Entende-se como pessoa transgênero aquela que não se identifica com o gênero atribuído ao nascimento, sendo uma das suas necessidades de saúde a hormonização, que é competência da/o médica/o de família e comunidade e não apenas de especialistas focais. No estado do Espírito Santo havia apenas um serviço público que oferecia a hormonização, mas não acolhia novas/os usuárias/os desde o ano de 2020. Método: Neste contexto surgiu a proposta de ofertar acolhimento e o manejo inicial da demanda de pessoas transgênero, voltados à saúde integral, com foco no processo de hormonização, aproveitando a estrutura existente de uma Unidade de Saúde da Família e médicos residentes. A equipe referida buscou se capacitar com o apoio da gerência local e da Secretaria Municipal de Saúde, ofertando atendimento semanal a partir de maio de 2022. Resultados: Tendo mal completado um ano de atividade, o ambulatório atende mais de cem pacientes e recebe encaminhamentos de outros serviços da rede de saúde e assistência. Conclusão: Com base nessa experiência, afirma-se que os programas de residência médica em Medicina de Família e Comunidade se mostram como espaços potenciais de fomento de construção das políticas públicas para esta população, que historicamente possui barreiras de acesso ao cuidado em saúde.