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O burnout e a R/E foram aferidos pelas versões validadas em português dos instrumentos OLBI e DSES. Resultados: Obtivemos 102 respostas (equivalentes à taxa de resposta de 68,9%). Não encontramos correlação entre burnout e R/E (0,06; p=0,57) e entre burnout e tempo de equipe (-0,11; p=0,26). Foi encontrada correlação negativa fraca entre o escore de burnout e idade (-0,23; p<0,05) e tempo de formado (-0,23; p<0,05), ou seja, o aumento da idade ou do tempo de formado estiveram acompanhados de discreta redução no escore OLBI. Não houve associação entre burnout e gênero (Pearson, p=0,54) e entre burnout e estado civil (Pearson, p=0,35). Conclusões: Não foi encontrada correlação entre burnout e R/E. Fatores diretamente relacionados com o trabalho, pouco explorados nesta pesquisa, possivelmente teriam maior impacto nos níveis de burnout em relação às condições de caráter mais pessoal, como a R/E. 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Associação entre burnout e religiosidade/espiritualidade em médicos da Atenção Primária
Introdução: O burnout, condição frequente entre médicos de família e comunidade, surge em resposta a fatores estressores do trabalho, gerando consequências negativas para o indivíduo e para o sistema de saúde. Apesar disso, ainda há poucos estudos investigando o tema na Atenção Primária (AP) no Brasil. A religiosidade/espiritualidade (R/E) é uma das “ferramentas” que pode ser utilizada no enfrentamento do burnout, com alguns estudos demonstrando uma relação inversa. Objetivo: Testar a correlação entre burnout e R/E e avaliar as relações entre burnout e varáveis sociodemográficas e ocupacionais em médicos da AP. Método: Pesquisa transversal, realizada entre setembro e dezembro de 2021, por meio de inquérito virtual direcionado a todos os médicos em atividade da AP de Florianópolis. O burnout e a R/E foram aferidos pelas versões validadas em português dos instrumentos OLBI e DSES. Resultados: Obtivemos 102 respostas (equivalentes à taxa de resposta de 68,9%). Não encontramos correlação entre burnout e R/E (0,06; p=0,57) e entre burnout e tempo de equipe (-0,11; p=0,26). Foi encontrada correlação negativa fraca entre o escore de burnout e idade (-0,23; p<0,05) e tempo de formado (-0,23; p<0,05), ou seja, o aumento da idade ou do tempo de formado estiveram acompanhados de discreta redução no escore OLBI. Não houve associação entre burnout e gênero (Pearson, p=0,54) e entre burnout e estado civil (Pearson, p=0,35). Conclusões: Não foi encontrada correlação entre burnout e R/E. Fatores diretamente relacionados com o trabalho, pouco explorados nesta pesquisa, possivelmente teriam maior impacto nos níveis de burnout em relação às condições de caráter mais pessoal, como a R/E. Estudos futuros, com abordagens longitudinais e/ou qualitativas, devem levar em conta a pesquisa de tais variáveis.