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Escolas de aprendizes artífices e escolas modernas
Neste artigo, busca-se construir um paralelo entre as iniciativas estatais para a educação da classe trabalhadora, mediante a criação das Escolas de Aprendizes Artífices (EAA), em 1909, e o desenvolvimento de projetos pedagógicos elaborados pelo operariado nas Escolas Modernas 1 e 2, no mesmo contexto histórico. Trata-se de um estudo exploratório com base em levantamento bibliográfico, cujo recorte temporal foi a criação das EAA e das Escolas libertárias, em princípios do século XX, sendo estas últimas encerradas violentamente pelo Estado brasileiro em 1919. Salienta-se o esforço do Estado Republicano para disciplinar a população pobre e formar mão de obra para a indústria; em contraposição, a educação racionalista, praticada nas Escolas Modernas, visava a formação integral e se opunha ao Estado e à Igreja. Conclui-se que, apesar da relevância dos estudos acerca das políticas estatais voltadas para a educação, urge que se ampliem as investigações que tenham como objeto as atuações dos trabalhadores na construção de projetos educativos voltados para os interesses de sua própria classe.