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O artigo analisa masculinidades de homens africanos no cenário de migração e diáspora na cidade de Fortaleza. O que é ser homem, negro, africano e imigrante no Brasil? A reflexão é embasada em pesquisa etnográfica e entrevistas com africanos de distintas nacionalidades, aliada às experiências e vivências biográficas do autor, configurando uma etnobiografia. Movimenta-se as noções de masculinidades hegemônicas e subalternas. Homens africanos são racializados, discriminados e sexualizados, ocupando lugar secundário na sociedade. São visibilizados pelo imaginário do passado colonial. A universidade e o trabalho precário constituem meios de inserção. O contexto migratório permite a construção de imagens de virilidade masculina entre a África e o Brasil. Apresentam masculinidades subalternas diante da sociedade brasileira e hegemônicas diante de mulheres africanas e, valorizadas pelas brasileiras. As interações revelam negociações, em meio às representações sexuais coloniais, marcadas por tensões raciais e culturais. A vivência e experiência na diáspora plasmam novos padrões de masculinidade, que desafiam as relações de gênero e de dominação e, a repensar as formulações o homem como algoz e a mulher como vítima.