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Limites da educação de jovens e adultos na superação do racismo e da desigualdade social
O discurso da educação como meio de superação do racismo e da condição de expropriado do educando está sempre presente na Educação de Jovens e Adultos (EJA). Assim, o objetivo deste artigo é analisar três fatores que influenciam na formulação e na implementação da EJA delimitando suas possibilidades. Um deles é a luta política e a tensão permanente entre projetos de sociedade que se negam econômica e ideologicamente. Os outros dois, que estão entrelaçados com o primeiro, são a formação docente e o controle estatal do ensino formal. Esses fatores estão presentes nas reflexões atuais e remetem a outras questões, com as quais estão relacionados, como a qualidade do ensino e o racismo. Metodologicamente desenvolveu-se uma comparação entre discursos, normas legais e implementação da EJA, com suas repercussões, para identificar limites e condicionamentos resultantes da organização social, da função estatal e da formação docente para o desenvolvimento da educação formal, tendo como referencial a superação do racismo e da desigualdade social. Os resultados demonstram que o discurso da superação é essencialmente ideológico ainda que itens de qualidade estivessem presentes. Além disso, os resultados apontam ainda que a formação docente crítica e transformadora exige conhecimentos construídos por esses educadores nos espaços dos movimentos sociais.