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Do amor (e do ódio) na contratransferência às violações dos limites sexuais na relação analítica
O amor (como o ódio) contratransferencial é omnipresente na relação analítica, ainda que sob diferentes formas, e não apenas transmite informações cruciais sobre o paciente e sobre o próprio analista como é mesmo imprescindível para a criatividade do processo analítico. Mas seja qual for a forma de amor em causa, ela deve ser distinguida, sempre, da violação dos limites da relação analítica que constituirá qualquer contacto sexual entre analista e analisando, transgressões que estão presentes na prática psicanalítica desde os seus primórdios. Importa, por isso, esclarecer o que entendemos por amor contratransferencial e identificar as suas funções no processo psicanalítico, atentando não só ao seu papel terapêutico, mas também ao seu papel destrutivo. Assim, a partir de uma revisão bibliográfica sobre o tema e da inclusão de duas breves vinhetas clínicas, propomos uma reflexão em torno do amor contratransferencial e, posteriormente, de algumas das especificidades da teoria e da prática psicanalíticas — bem como do funcionamento institucional — que podem, de algum modo, contribuir para a manutenção das transgressões sexuais dos limites da relação terapêutica, finalizando com algumas propostas de debate sobre estratégias que visem a prevenção da ocorrência desse tipo de violações.