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A contemporaneidade e a busca de um Pai que não existe: considerações psicanalíticas
O tema da sociedade contemporânea e a sua relação com a Psicanálise é objeto de debate há alguns anos e com muitas possibilidades de diálogo. O nosso texto tem como pretensão trabalhar alguns aspetos desse longo debate. Para atingir esse objetivo, caracterizamos de maneira sucinta a questão do Pai para a psicanálise freudiana e lacaniana. Após esse breve percurso, focamos a obra de Massimo Recalcati e sua proposta de repensar o que resta do Pai em nossa época. Se a proposta fundamentalista se mostra algo recorrente no cenário brasileiro, isso teria que ver com uma tentativa desesperada de reaver o Pai perdido que tanto Freud, quanto Lacan já apontavam como sendo um Pai morto. Ao final, levantamos a hipótese de que a ascensão da ultra-direita no Brasil pode ser lida sob essa chave hermenêutica.