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A Vulgarização da Inovação nas Políticas Públicas e a Hegemonia Proprietária na Plataformização da Educação Pública
O presente texto tem o propósito de contribuir com reflexões a respeito da vulgarização da inovação nas políticas públicas e da hegemonia proprietária no processo de plataformização da educação pública. Para tanto, são analisados exemplares de documentos da legislação vigente enfatizando que as novidades, recorrentemente anunciadas nas reformas educativas, não explicitam concepções críticas das tecnologias. Examina-se dados de relatórios de pesquisas e censos escolares que sublinham a presença hegemônica de softwares e plataformas pertencentes às big techs na educação pública. O acesso e vigilância sobre as informações da comunidade e das instituições escolares demarca a ausência do Estado e o avanço do setor privado ao passo em que se renuncia à soberania dos dados. Conclusivamente, argumenta-se que as medidas distributivas de equipamentos e os programas desordenados de capacitação acentuam o caráter instrumentalizador e tecnicista. Assim, não fomentam a inovação educacional para a resolução contextualizada dos desafios históricos da educação brasileira tais como evasão, repetência, defasagem idade-série, desvalorização e precarização do trabalho docente. Portanto, ao compor essas inferências interpretativo-críticas, estão sendo problematizados e avaliados aspectos peculiares das tecnologias educacionais no amplo espectro do quadro normativo cognitivo da política pública voltada para a Educação Básica e Ensino Superior.