Aline Rezende de Souza Mendes, Érica de Almeida, Lorena Moreira Couto, Rafaela Marcello Soares
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Objetivo: Realizar uma revisão narrativa da literatura sobre o prognóstico da icterícia neonatal por isoimunização Rh diagnosticada precocemente durante a assistência pré-natal, possibilitando um planejamento terapêutico adequado. Método: Realizou-se revisão narrativa da literatura utilizando-se as bases de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), National Library of Medicine (PubMed) e o Manual de Gestação de Alto Risco do Ministério da Saúde de 2022. Incluíram-se artigos completos publicados entre 2012 e 2022 nos idiomas português, inglês e espanhol, relacionados ao tema. Excluíram-se publicações que não estavam diretamente relacionadas à temática. No total, 12 artigos foram selecionados para leitura na íntegra. Resultados: A isoimunização Rh pode causar várias complicações relacionadas à hemólise fetal, como anemia, hiperbilirrubinemia e disfunções neurológicas. A elevação da bilirrubina pode atravessar a barreira hematoencefálica imatura do feto, resultando em encefalopatia bilirrubínica aguda e kernicterus. A isoimunização Rh ocorre quando uma gestante Rh negativa produz anticorpos contra o fator Rh em um feto Rh positivo. Portanto, é necessário realizar o teste de Coombs indireto durante o pré-natal para garantir uma assistência adequada ao recém-nascido imediatamente após o parto e nas horas subsequentes. Isso inclui a administração adequada de fototerapia e monitoramento rigoroso dos níveis séricos de bilirrubina para promover sua conjugação, excreção urinária na forma de urobilinogênio e excreção fecal na forma de estercobilina, a fim de reduzir a bilirrubina indireta e diminuir as possíveis complicações, evitando intervenções mais complexas e invasivas, como a exsanguineotransfusão, que pode levar ao óbito. Conclusão: A isoimunização Rh é uma doença grave e pouco discutida. O teste de Coombs indireto é facilmente acessível e disponibilizado pelo sistema público de saúde, fornecendo um diagnóstico preciso que orienta a terapêutica e prepara a equipe de neonatologia para receber o recém-nascido com recursos adequados. 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A influência da assistência pré-natal no prognóstico do recém-nascido com icterícia neonatal
Introdução: A icterícia neonatal é uma condição em que o recém-nascido apresenta coloração amarelada na pele e nas mucosas devido ao acúmulo de bilirrubina. No contexto da isoimunização Rh, essa icterícia ocorre devido à transmissão de anticorpos maternos contra as hemácias do feto. O diagnóstico precoce dessa condição por meio do teste de Coombs indireto é essencial para melhorar o prognóstico do recém-nascido, permitindo um planejamento e condutas adequadas. Isso é importante para evitar complicações como a impregnação de bilirrubina no sistema nervoso central (SNC). Objetivo: Realizar uma revisão narrativa da literatura sobre o prognóstico da icterícia neonatal por isoimunização Rh diagnosticada precocemente durante a assistência pré-natal, possibilitando um planejamento terapêutico adequado. Método: Realizou-se revisão narrativa da literatura utilizando-se as bases de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), National Library of Medicine (PubMed) e o Manual de Gestação de Alto Risco do Ministério da Saúde de 2022. Incluíram-se artigos completos publicados entre 2012 e 2022 nos idiomas português, inglês e espanhol, relacionados ao tema. Excluíram-se publicações que não estavam diretamente relacionadas à temática. No total, 12 artigos foram selecionados para leitura na íntegra. Resultados: A isoimunização Rh pode causar várias complicações relacionadas à hemólise fetal, como anemia, hiperbilirrubinemia e disfunções neurológicas. A elevação da bilirrubina pode atravessar a barreira hematoencefálica imatura do feto, resultando em encefalopatia bilirrubínica aguda e kernicterus. A isoimunização Rh ocorre quando uma gestante Rh negativa produz anticorpos contra o fator Rh em um feto Rh positivo. Portanto, é necessário realizar o teste de Coombs indireto durante o pré-natal para garantir uma assistência adequada ao recém-nascido imediatamente após o parto e nas horas subsequentes. Isso inclui a administração adequada de fototerapia e monitoramento rigoroso dos níveis séricos de bilirrubina para promover sua conjugação, excreção urinária na forma de urobilinogênio e excreção fecal na forma de estercobilina, a fim de reduzir a bilirrubina indireta e diminuir as possíveis complicações, evitando intervenções mais complexas e invasivas, como a exsanguineotransfusão, que pode levar ao óbito. Conclusão: A isoimunização Rh é uma doença grave e pouco discutida. O teste de Coombs indireto é facilmente acessível e disponibilizado pelo sistema público de saúde, fornecendo um diagnóstico preciso que orienta a terapêutica e prepara a equipe de neonatologia para receber o recém-nascido com recursos adequados. É fundamental aumentar a visibilidade dessa doença, possibilitando sua detecção precoce e a adoção de medidas preventivas para reduzir o número de ocorrências.