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Zapear: arsenal metodológico para sintonizar políticas de morte e escapes afirmativos em um currículo
Esse artigo recupera o arsenal metodológico de uma pesquisa de doutoramento que tomou como objeto de investigação o currículo das narrativas midiáticas seriadas, significando-o como um artefato implicado na ‘pedagogização’ das existências e na delimitação de vidas como vivíveis e como matáveis. O objetivo foi o de evidenciar as políticas de morte e os escapes afirmativos no currículo investigado. Dividido em algumas notas metodológicas, a análise desse artefato foi realizada a partir de uma articulação de diferentes orientações pós-críticas, produzindo uma ‘metodologia-zapping’, fundamentada na análise do discurso de Michel Foucault e na cartografia de Gilles Deleuze e Félix Guattari. No exercício de uma ‘metodologia-zapping’, concluímos que o currículo das narrativas midiáticas seriadas é produzido em meio a tensões, embates e conflitos que lhe constituem como um artefato híbrido, sendo possível conectar um mapa de produção de morte com um mapa dos escapes e afirmação de vida. Isso porque, para além de todas as necropolíticas em jogo, de todos os investimentos de endereçamento da violência e da morte aos sujeitos dissidentes, de todas as tentativas em ora normalizar, ora aniquilar a diferença, também há espaços para resistência. É nesse espaço-entre que o currículo das narrativas midiáticas seriadas demonstra que pode verter sangue, mas também transbordar vida.