Juliana Nogueira da Cunha, Isabela Hartmann Santhiago Lopes, Gabriela Gribel de Almeida, Milena de Souza Fernandes, Victoria Guimarães Lopes da Costa, Maria Clara Pinheiro Rubio Carrasco, Luciana do Nascimento Silva
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A estratégia de busca utilizou descritores como câncer de mama, fatores de risco, fatores protetores, estilo de vida e neoplasias mamárias. Com base nessa estratégia, Selecionaram-se oito artigos que atendiam aos critérios de inclusão. Coleta de dados: A qualidade dos estudos foi avaliada de acordo com critérios estabelecidos, e apenas os estudos classificados como bons foram incluídos na análise. Os dados foram extraídos dos artigos selecionados e resumidos por meio de meta-análise. Resultados: Os estudos identificaram diversos fatores de risco associados ao desenvolvimento de câncer de mama em mulheres, incluindo características pessoais, histórico familiar e hábitos individuais. Um estudo destacou como fatores de risco o baixo nível educacional, a renda per capita reduzida e a residência em áreas rurais, que podem resultar em menor acesso à assistência de saúde e informações sobre prevenção. Além disso, observou-se relação de risco com histórico familiar de câncer de mama, idade avançada (acima de 50 anos) e fatores genéticos. O consumo de álcool foi apontado como fator de risco em dois estudos, enquanto três estudos analisaram o tabagismo como contribuinte para a doença. Perfis de mulheres pós-menopáusicas e o uso prolongado de contraceptivos orais também foram identificados como mais suscetíveis ao câncer de mama em um estudo. O sedentarismo e a obesidade foram apontados como fatores de risco em três estudos. A alimentação rica em alimentos gordurosos foi associada ao surgimento da doença em dois estudos. Por fim, um estudo indicou que histórico de abortos e amamentação por menos de um ano podem ser fatores de risco para o câncer de mama. Conclusão: Pode-se concluir que o risco de câncer de mama em mulheres pode ser modificado por uma variedade de fatores, isoladamente ou em combinação. Portanto, é evidente a importância de as mulheres realizarem o rastreamento recomendado pela Sociedade Brasileira de Mastologia, por meio de mamografias anuais a partir dos 40 anos de idade e rastreamento personalizado em mulheres com risco aumentado. 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Revisão sistematizada dos fatores de risco para câncer de mama em mulheres
Objetivos: Avaliar os fatores que podem modificar o risco de câncer de mama em mulheres. Fonte de dados: Realizou-se revisão sistemática de artigos publicados nas plataformas eletrônicas Scientific Electronic Library Online (SciELO), Ebsco e UpToDate. A busca abrangeu o período de 2007 a 2019. Seleção de estudos: Selecionaram-se artigos originais e completos que abordavam o câncer de mama em mulheres e forneciam informações relevantes sobre fatores de risco. Os critérios de inclusão consideraram artigos nas línguas portuguesa e inglesa, sem restrições quanto ao período de realização dos estudos. A estratégia de busca utilizou descritores como câncer de mama, fatores de risco, fatores protetores, estilo de vida e neoplasias mamárias. Com base nessa estratégia, Selecionaram-se oito artigos que atendiam aos critérios de inclusão. Coleta de dados: A qualidade dos estudos foi avaliada de acordo com critérios estabelecidos, e apenas os estudos classificados como bons foram incluídos na análise. Os dados foram extraídos dos artigos selecionados e resumidos por meio de meta-análise. Resultados: Os estudos identificaram diversos fatores de risco associados ao desenvolvimento de câncer de mama em mulheres, incluindo características pessoais, histórico familiar e hábitos individuais. Um estudo destacou como fatores de risco o baixo nível educacional, a renda per capita reduzida e a residência em áreas rurais, que podem resultar em menor acesso à assistência de saúde e informações sobre prevenção. Além disso, observou-se relação de risco com histórico familiar de câncer de mama, idade avançada (acima de 50 anos) e fatores genéticos. O consumo de álcool foi apontado como fator de risco em dois estudos, enquanto três estudos analisaram o tabagismo como contribuinte para a doença. Perfis de mulheres pós-menopáusicas e o uso prolongado de contraceptivos orais também foram identificados como mais suscetíveis ao câncer de mama em um estudo. O sedentarismo e a obesidade foram apontados como fatores de risco em três estudos. A alimentação rica em alimentos gordurosos foi associada ao surgimento da doença em dois estudos. Por fim, um estudo indicou que histórico de abortos e amamentação por menos de um ano podem ser fatores de risco para o câncer de mama. Conclusão: Pode-se concluir que o risco de câncer de mama em mulheres pode ser modificado por uma variedade de fatores, isoladamente ou em combinação. Portanto, é evidente a importância de as mulheres realizarem o rastreamento recomendado pela Sociedade Brasileira de Mastologia, por meio de mamografias anuais a partir dos 40 anos de idade e rastreamento personalizado em mulheres com risco aumentado. A conscientização e a intervenção em fatores modificáveis podem potencialmente melhorar a evolução natural dessa doença.