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Nesta seção, o registro fotográfico assume o protagonismo enquanto abertura de possibilidades para o conhecimento nas Ciências Sociais. Em “Traço de um real” (DUBOIS, 2004), a fotografia materializa uma parte do jogo de luzes que irá incidir e apresentar, em dado momento histórico e lugar, as nuances do visto e do não visto, as condições de existência do “visível” e do “enunciável” que constituem as práticas discursivas acerca dos acontecimentos (FOUCAULT, 2009). O uso das novas ferramentas e tecnologias digitais de informação e comunicação, em particular, da novidade que conecta internet e telefonia móvel, tem um papel fundamental na sociedade atual e configura-se enquanto elemento central na compreensão desse contexto de protestos em 2013. Tais novas configurações possibilitaram a emergência de circunstâncias não antes vistas de difusão das ações coletivas. Representantes paradigmáticos desse processo, os fotojornalistas, mídia jornalistas/mídia ativistas/mídia livristas, destacaram-se em 2013, tanto em função de sua contribuição na ampliação e difusão das manifestações por meio do compartilhamento de imagens via internet quanto pelo papel que desempenharam fornecendo material apto a contrapor narrativas por meio da transmissão de imagens e de lives que comunicavam em tempo real as manifestações. Suas lentes e seus registros serviram não somente como instrumento amplificador e caixa de ressonância de vozes invisibilizadas nas demandas por direitos, mas também como meio de prova em processos judiciais que tentavam caracterizar como crime a prática ativista. 1 0 .1 7 7 7 1 /P U C R io .D D C IS .6 4 2 1 7