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Pushkin na Bahia: reflexões de uma tradução afrocentrada
Aleksandr Pushkin, escritor russo considerado pai da literatura russa moderna, tinha ascendência africana, da qual ele se orgulhava, mas isso pouco se reflete em suas traduções. Exemplo disso é o conto Выстрел [Výstrel], de 1830, que contava com seis traduções para língua portuguesa, sem que nenhuma delas desse especial atenção a esse fator ou tivesse o intuito de aproximar a obra do público afrodescendente. Buscando reparar tal cenário, em 2021 foram lançadas duas traduções do referido conto, no Brasil, sendo uma delas uma versão afrocentrada que reimagina a narrativa em uma favela brasileira do século XXI. Tendo como ponto de partida o questionamento feito por um teórico da tradução, este artigo propõe uma discussão sobre o autor, a obra e essas duas traduções, refletindo sobre desafios da estrangeirização e da domesticação do texto de partida dentro de uma discursividade afrocentrada. Espera-se, com este estudo, contribuir para a diversificação e inovação no campo da tradução de línguas eslavas no Brasil e no mundo lusófono.