Ludmila de Vasconcelos Guimarães, Andrea Poleto Oltramari, Deidi Maca, Janaynna de Moura Ferraz, Josiane Silva de Oliveira, Luiza Farnese Lana Sarayed-Din
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Foram eles: (i) o desafio de reunir editoras, autoras, pareceristas mulheres de diferentes regionalidades, trajetórias acadêmicas e representatividade; (ii) o tempo, que se revelou como um instrumento de dominação e de violência de gênero; (iii) a operacionalização da contradição em se produzir uma edição só de mulheres considerando a lógica masculina de se fazer ciência. Temos a convicção de que esta edição deva ser lida como um instrumento pedagógico de visibilização dos desafios vividos, e mais, trata-se de uma convocação para a responsabilidade coletiva na luta pela abertura de novas frestas na vida cotidiana e especificamente no campo acadêmico. 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Mulheres Exaustas: Sobre Incômodos e o Fazer Ciência na Contemporaneidade
RESUMO A exaustão enfrentada por acadêmicas serviu como ponto de partida para esta edição especial - editada, escrita e revisada exclusivamente por mulheres cis e trans. Entendemos a exaustão como consequência das batalhas históricas e cotidianas pela igualdade de gênero, agravada pelo ônus do trabalho reprodutivo. Assim, mesmo exaustas, aceitamos este desafio pela convicção do papel político necessário para abrir frestas frente a uma lógica masculina de produção da ciência. Este editorial foi estruturado a partir do reconhecimento da importância de se produzir, identificar e conviver com incômodos necessários para desestruturarmos opressões. Foram eles: (i) o desafio de reunir editoras, autoras, pareceristas mulheres de diferentes regionalidades, trajetórias acadêmicas e representatividade; (ii) o tempo, que se revelou como um instrumento de dominação e de violência de gênero; (iii) a operacionalização da contradição em se produzir uma edição só de mulheres considerando a lógica masculina de se fazer ciência. Temos a convicção de que esta edição deva ser lida como um instrumento pedagógico de visibilização dos desafios vividos, e mais, trata-se de uma convocação para a responsabilidade coletiva na luta pela abertura de novas frestas na vida cotidiana e especificamente no campo acadêmico. Por fim, se é necessário combater injustiças, se torna iminente provocarmos incômodos cotidianos, e foi isso a que essa edição se propôs.