{"title":"城市空间中的农村持久性:","authors":"Bianca Melzi De Domenicis Lucchesi","doi":"10.34024/hydra.2021.v5.11670","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Analisando instrumentos, sujeitos e processos que construíram a paisagem e o cotidiano de São Paulo no final do século XIX, este trabalho pretende mostrar como a cidade reunia aspectos rurais e urbanos num momento em que o aumento populacional, a importância econômica e a infraestrutura técnica advindos com o café transformaram a dinâmica da capital. A delimitação territorial, a paisagem citadina, o cultivo e comercialização de plantas e animais, entre outros aspectos fazem de São Paulo, mais do que um espaço de embate, um espaço de sincretismo entre as experiências urbanas e rurais. A pesquisa histórica contribui, portanto, para desvendar as imagens e identidades construídas para a capital paulista, considerando seus aspectos rurais e ambientais. Dentro do aporte urbano que configura São Paulo no início do século XX, será destacada a relação dos quintais com as vivências rurais paulistanas, influenciando na dinâmica econômica, social e paisagística da cidade. O sincretismo entre urbano e rural pode ser observado com maior destaque e profundidade nos quintais das casas e chácaras paulistanas, onde pomares, jardins, hortas, criação de animais, ofícios de cozinha e trabalho formam um cotidiano de sustento e abastecimento aos habitantes da cidade. Nesse sentido, os quintais se apresentam como espaço onde se pode pensar a relação entre sociedade e natureza dentro da metrópole através da multiplicidade de cores, alimentos e nacionalidades que ali sociabilizam diariamente.","PeriodicalId":426794,"journal":{"name":"Revista Hydra: Revista Discente de História da UNIFESP","volume":"110 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2021-04-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Permanências rurais no espaço urbano:\",\"authors\":\"Bianca Melzi De Domenicis Lucchesi\",\"doi\":\"10.34024/hydra.2021.v5.11670\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Analisando instrumentos, sujeitos e processos que construíram a paisagem e o cotidiano de São Paulo no final do século XIX, este trabalho pretende mostrar como a cidade reunia aspectos rurais e urbanos num momento em que o aumento populacional, a importância econômica e a infraestrutura técnica advindos com o café transformaram a dinâmica da capital. A delimitação territorial, a paisagem citadina, o cultivo e comercialização de plantas e animais, entre outros aspectos fazem de São Paulo, mais do que um espaço de embate, um espaço de sincretismo entre as experiências urbanas e rurais. A pesquisa histórica contribui, portanto, para desvendar as imagens e identidades construídas para a capital paulista, considerando seus aspectos rurais e ambientais. Dentro do aporte urbano que configura São Paulo no início do século XX, será destacada a relação dos quintais com as vivências rurais paulistanas, influenciando na dinâmica econômica, social e paisagística da cidade. O sincretismo entre urbano e rural pode ser observado com maior destaque e profundidade nos quintais das casas e chácaras paulistanas, onde pomares, jardins, hortas, criação de animais, ofícios de cozinha e trabalho formam um cotidiano de sustento e abastecimento aos habitantes da cidade. Nesse sentido, os quintais se apresentam como espaço onde se pode pensar a relação entre sociedade e natureza dentro da metrópole através da multiplicidade de cores, alimentos e nacionalidades que ali sociabilizam diariamente.\",\"PeriodicalId\":426794,\"journal\":{\"name\":\"Revista Hydra: Revista Discente de História da UNIFESP\",\"volume\":\"110 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2021-04-14\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Revista Hydra: Revista Discente de História da UNIFESP\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.34024/hydra.2021.v5.11670\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Hydra: Revista Discente de História da UNIFESP","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.34024/hydra.2021.v5.11670","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Analisando instrumentos, sujeitos e processos que construíram a paisagem e o cotidiano de São Paulo no final do século XIX, este trabalho pretende mostrar como a cidade reunia aspectos rurais e urbanos num momento em que o aumento populacional, a importância econômica e a infraestrutura técnica advindos com o café transformaram a dinâmica da capital. A delimitação territorial, a paisagem citadina, o cultivo e comercialização de plantas e animais, entre outros aspectos fazem de São Paulo, mais do que um espaço de embate, um espaço de sincretismo entre as experiências urbanas e rurais. A pesquisa histórica contribui, portanto, para desvendar as imagens e identidades construídas para a capital paulista, considerando seus aspectos rurais e ambientais. Dentro do aporte urbano que configura São Paulo no início do século XX, será destacada a relação dos quintais com as vivências rurais paulistanas, influenciando na dinâmica econômica, social e paisagística da cidade. O sincretismo entre urbano e rural pode ser observado com maior destaque e profundidade nos quintais das casas e chácaras paulistanas, onde pomares, jardins, hortas, criação de animais, ofícios de cozinha e trabalho formam um cotidiano de sustento e abastecimento aos habitantes da cidade. Nesse sentido, os quintais se apresentam como espaço onde se pode pensar a relação entre sociedade e natureza dentro da metrópole através da multiplicidade de cores, alimentos e nacionalidades que ali sociabilizam diariamente.