为了重新迷人的叙事:艾尔顿·克雷纳克和丹尼尔·蒙杜鲁库的《不被遗忘的诗学》

Celeste Maria Pacheco de Andrade, Ana Cláudia Pacheco de Andrade
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摘要

理解叙事文本作为一套艺术表达的一部分,整合了人类文化剧目,让我们认识到它的重新意义的力量,这意味着记录我们所处的世界的不同观点。考虑部署这些幻象,是叙事的理解相关的一个人类在这个星球上的存在,因为她是人类普遍需求组织生活的经历和故事充满意义,通过口头表达的文字或图像。在这个意义上,本研究讨论了土著作者的叙述,作为一个机会,重新考虑生活的经验,嵌入在地球的身份,包括诗意。在新地方历史的观点基础上处理的知识和认知的原住民主题和historicidades,即指的是印第安人的思维方式、表现和文化是基于经验的,在我们的社会中,出现的文本处理两名印度思想家的意思:Ailton Krenak想法推迟世界末日(2019)和丹尼尔Munduruku Mundurukando(2010)。我们相信,通过选择这些作者,他们都提供了接触土著人民的某些知识网络的途径,以证明另一种逻辑的构建,特别是与认为叙事是一种重新魅力世界和与世界的可能性有关。
本文章由计算机程序翻译,如有差异,请以英文原文为准。
Por uma narrativa do reencantamento: A poética do não esquecimento de Ailton Krenak e Daniel Munduruku
Compreender o texto narrativo como parte de um conjunto de expressão artística que integra o repertório cultural humano permite reconhecer a sua potência de ressignificação, o que implica no registro de diversos olhares sobre o mundo em que nos situamos. Levando em consideração o desdobramento dessas visões, é pertinente o entendimento da narrativa como possibilidade de marcar a presença de uma humanidade no planeta, visto que ela se inscreve na necessidade universal do homem em organizar sua experiência de vida e dar sentido à própria história, através da oralidade, da escrita ou das imagens. Nesse sentido, o presente estudo discute a narrativa de autoria indígena como oportunidade de se reconsiderar a experiência de estar vivo, imbrincada em uma identidade terrena, incluindo aí uma poeticidade. Com base na perspectiva da Nova História Indígena, que se ocupa de conhecimentos e percepções de sujeitos e povos indígenas em suas historicidades, isto é, refere-se a formas indígenas de pensar, agir e ser com base em suas vivências culturais específicas e sua presença em nossa sociedade, o texto ocupa-se de dois pensadores indígenas da atualidade: Ailton Krenak em Ideias para adiar o fim do mundo (2019) e Daniel Munduruku em Mundurukando (2010). Acreditamos, ao escolher os referidos autores, que ambos oferecem um acesso a determinadas redes de conhecimentos dos povos originários, de forma a evidenciar a construção de uma outra lógica, especialmente pertinente para pensar a narrativa como possibilidade de reencantamento do mundo e com o mundo.
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