J. Marques, Marcello Apolônio Duailibe Barros, A. Brito, E. Pereira, Gianna Beatriz Cantanhede Rocha de Lima, Gustavo Moreno Alves Ribeiro, M. Santos, Roseane Santos Silva
{"title":"maranhao财政透明度报告- 2021年第二季度。第1卷。nº7。2021年,疫苗竞赛和大流行后的风险","authors":"J. Marques, Marcello Apolônio Duailibe Barros, A. Brito, E. Pereira, Gianna Beatriz Cantanhede Rocha de Lima, Gustavo Moreno Alves Ribeiro, M. Santos, Roseane Santos Silva","doi":"10.47592/2bi20217","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"No ano passado, em função da pandemia do novo coronavírus, o Brasil experimentou uma grande flutuação no produto, caindo 4,1%.\nEvidentemente que não foi o único, a Índia, o Japão e Zona do Euro sustentaram taxas de quedas maiores que a nossa. Contudo, a queda da\nrenda nacional foi mais do que o dobro da média observada nas economias emergentes e em desenvolvimento, maior também do que a taxa\nmédia de queda observada no mundo civilizado.\nA flutuação econômica provocada por esse contexto de excepcionalidade pôs em evidência as economias subnacionais por motivos\nóbvios, que passaram a desempenhar um papel contracíclico importante. É exatamente nesse cenário que as finanças públicas estaduais\npassaram a ser ainda mais exigidas, o que reforça a necessidade de análise da trajetória das finanças públicas estatuais numa frequência ainda\nmais célere.\nPara isso o Relatório de Transparência Fiscal do Maranhão (RTF), de periodicidade bimestral, além de contemplar as exigências do\nregramento fiscal, vem se tornando um instrumento analítico importante das contas públicas do Estado, permitindo a apuração e análise\nconjuntural do desempenho fiscal em alta frequência.\nMas o que aponta o RTF? Do ponto de vista da receita corrente houve variação positiva de pouco mais de 26% em relação ao mesmo\nperíodo de 2020. O resultado é decorrente do bom desemprenho do ICMS (21,8%), do IPVA (61,81%), do ITCD (190,55%), das\nTransferências Correntes (33,5%) e dos novos valores aportados pelo FUNDEB (105,1%). O desempenho também é satisfatório na\ncomparação anual. Embora menor que a variação bimestral, as receitas correntes cresceram 17% no acumulado do ano, em comparação com\n2020.\nUm aspecto interessante apontado pelo RTF diz respeito à arrecadação das receitas tributárias, particularmente, o ICMS arrecado no\nsetor de serviços na atividade econômica ligada a combustíveis. Mas antes, como todos sabem, desde o início do ano passado estamos sob\nchoques de oferta recorrentes de commodities, em especial a instabilidade do preço do barril do petróleo. Esses choques foram ampliados\npela oscilação no câmbio, cuja consequência mais imediata tem sido os sucessivos aumentos dos combustíveis. Evidentemente, essas\nperturbações têm efeitos sobre as finanças públicas reforçando, em tese, a arrecadação do ICMS sobre combustíveis.\nContudo, o RTF aponta que, ao contrário do que se imagina, o ICMS arrecadado da atividade econômica de combustíveis no setor\nterciário não aumentou, ao contrário, teve queda de mais de 32% no bimestre e de mais de 17% no acumulado no ano, em comparação ao\nmesmo período do ano passado.\nDo ponto de vista das despesas, talvez o maior destaque esteja nas despesas de capital, especialmente, o investimento. Tanto na\ncomparação anual quanto na bimestral, os dados impressionam: o gasto com investimento no acumulado em 2021 representa mais de 92%\nem relação ao mesmo período do ano passado e mais de 68% em comparação com o segundo bimestre de 2020. Os indicadores apenas\nrefletem os esforços do governo estadual na mobilização de recursos, em sua grande maioria próprios, para a recuperação da infraestrutura\ndo Estado e promoção do crescimento econômico, por meio do fomento ao emprego e à renda.\nEvidentemente há muitos desafios importantes que precisam ser superados, mas é importante observar que o Estado do Maranhão está,\nhoje, na quinta posição das unidades da federação com menor despesa pessoal do executivo sobre a receita corrente líquida, o que evidencia\nque as finanças estaduais estão numa trajetória consolidada de sustentação.\nAproveite a leitura para descobrir muitos outros aspectos importantes das finanças públicas estaduais","PeriodicalId":174772,"journal":{"name":"Relatório Bimestral de Transparências Fiscal do Maranhão","volume":"63 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"1900-01-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Relatório de Transparência Fiscal do Maranhão – 2º bimestre de 2021. 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Relatório de Transparência Fiscal do Maranhão – 2º bimestre de 2021. Vol 1. nº7. 2021 - Corrida da Vacina e Riscos para o Pós-Pandemia
No ano passado, em função da pandemia do novo coronavírus, o Brasil experimentou uma grande flutuação no produto, caindo 4,1%.
Evidentemente que não foi o único, a Índia, o Japão e Zona do Euro sustentaram taxas de quedas maiores que a nossa. Contudo, a queda da
renda nacional foi mais do que o dobro da média observada nas economias emergentes e em desenvolvimento, maior também do que a taxa
média de queda observada no mundo civilizado.
A flutuação econômica provocada por esse contexto de excepcionalidade pôs em evidência as economias subnacionais por motivos
óbvios, que passaram a desempenhar um papel contracíclico importante. É exatamente nesse cenário que as finanças públicas estaduais
passaram a ser ainda mais exigidas, o que reforça a necessidade de análise da trajetória das finanças públicas estatuais numa frequência ainda
mais célere.
Para isso o Relatório de Transparência Fiscal do Maranhão (RTF), de periodicidade bimestral, além de contemplar as exigências do
regramento fiscal, vem se tornando um instrumento analítico importante das contas públicas do Estado, permitindo a apuração e análise
conjuntural do desempenho fiscal em alta frequência.
Mas o que aponta o RTF? Do ponto de vista da receita corrente houve variação positiva de pouco mais de 26% em relação ao mesmo
período de 2020. O resultado é decorrente do bom desemprenho do ICMS (21,8%), do IPVA (61,81%), do ITCD (190,55%), das
Transferências Correntes (33,5%) e dos novos valores aportados pelo FUNDEB (105,1%). O desempenho também é satisfatório na
comparação anual. Embora menor que a variação bimestral, as receitas correntes cresceram 17% no acumulado do ano, em comparação com
2020.
Um aspecto interessante apontado pelo RTF diz respeito à arrecadação das receitas tributárias, particularmente, o ICMS arrecado no
setor de serviços na atividade econômica ligada a combustíveis. Mas antes, como todos sabem, desde o início do ano passado estamos sob
choques de oferta recorrentes de commodities, em especial a instabilidade do preço do barril do petróleo. Esses choques foram ampliados
pela oscilação no câmbio, cuja consequência mais imediata tem sido os sucessivos aumentos dos combustíveis. Evidentemente, essas
perturbações têm efeitos sobre as finanças públicas reforçando, em tese, a arrecadação do ICMS sobre combustíveis.
Contudo, o RTF aponta que, ao contrário do que se imagina, o ICMS arrecadado da atividade econômica de combustíveis no setor
terciário não aumentou, ao contrário, teve queda de mais de 32% no bimestre e de mais de 17% no acumulado no ano, em comparação ao
mesmo período do ano passado.
Do ponto de vista das despesas, talvez o maior destaque esteja nas despesas de capital, especialmente, o investimento. Tanto na
comparação anual quanto na bimestral, os dados impressionam: o gasto com investimento no acumulado em 2021 representa mais de 92%
em relação ao mesmo período do ano passado e mais de 68% em comparação com o segundo bimestre de 2020. Os indicadores apenas
refletem os esforços do governo estadual na mobilização de recursos, em sua grande maioria próprios, para a recuperação da infraestrutura
do Estado e promoção do crescimento econômico, por meio do fomento ao emprego e à renda.
Evidentemente há muitos desafios importantes que precisam ser superados, mas é importante observar que o Estado do Maranhão está,
hoje, na quinta posição das unidades da federação com menor despesa pessoal do executivo sobre a receita corrente líquida, o que evidencia
que as finanças estaduais estão numa trajetória consolidada de sustentação.
Aproveite a leitura para descobrir muitos outros aspectos importantes das finanças públicas estaduais