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O mito de Galateia: um estudo sobre autoria na gravura original e de reprodução no Renascimento
A autoria de obras de arte é um apontamento distante da realidade europeia anterior ao Renascimento, quando artistas passam a ser profissionais de arte que assinam suas obras, seja pela grafia, pelo uso de monogramas ou pelo autorretrato, mudanças creditadas ao pensamento humanista e a valorização do intelecto e do artista como um profissional versátil, possibilita uma quebra de paradigmas. Em contrapartida, a falsificação de obras ganha forma e força a partir da construção deste conceito de autoria, uma vez que os artistas tornam-se personalidades tão importantes quanto suas criações. A obra de arte gráfica se torna reprodutível neste período através da gravura, precisamente a xilogravura2, que ganha espaço pela Europa vinda do Oriente, onde exerce função de ferramenta para estamparia. Inicialmente se desenvolveu como meio de ilustrar livros, substituindo as iluminuras, pintadas uma a uma. “A Itália produziu maravilhas em matéria de ilustração gráfica no século quinze. Foram Veneza e Florença seus dois principais centros, embora a impressão de livros ilustrados com xilogravuras tenha se iniciado antes, em outras cidades italianas.”3 Dessa forma, a viabilidade de obter acesso e distribuição da imagem de uma obra de arte era grande, uma vez que as grandes obras primas estavam confinadas em ambientes privados.