{"title":"身体作为抵抗:伊莱桑德拉·索萨诗歌中的性别问题","authors":"Pilar Lago e Lousa","doi":"10.18468/LETRAS.2017V7N4.P159-180","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A poética de Elizandra Souza traz uma preocupação estética, literária e política com a subalternização das mulheres periféricas, relegadas pelo cânone literário nacional e marginalizadas tato pela questão de gênero quanto pelo viés geográfico-econômico e, na maioria das vezes, pelo viés racial. Importante expoente da literatura marginal-periférica, a autora tem como prática literária a busca constante pela desconstrução da representação feminina tradicional e eurocêntrica, a problematização de mitos e tabus, além de denunciar a violência e o estigma imputados às mulheres periféricas. Ao romper com agentes mediadores do processo de produção editorial, revela uma autorrepresentação que vem de dentro da periferia. O objetivo deste artigo é analisar as questões de gênero que perpassam os poemas utilizados como recorte deste estudo, contidos nos livros Punga (2007) e Águas da Cabaça (2012), e verificar como a linguagem literária é utilizada para evidenciar o corpo como espaço simbólico de luta e resistência. Para tal, serão utilizadas as perspectivas teóricas de autoras como Sueli Carneiro (2003), Bell Hooks (2014), Guacira Lopes Louro (2010), Elaine Showalter (1993), Lucia Teninna (2015) e Naomi Wolf (1992).","PeriodicalId":441324,"journal":{"name":"Letras Escreve","volume":"9 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2018-06-14","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Corpo como resistência: questões de gênero em poemas de Elizandra Souza\",\"authors\":\"Pilar Lago e Lousa\",\"doi\":\"10.18468/LETRAS.2017V7N4.P159-180\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"A poética de Elizandra Souza traz uma preocupação estética, literária e política com a subalternização das mulheres periféricas, relegadas pelo cânone literário nacional e marginalizadas tato pela questão de gênero quanto pelo viés geográfico-econômico e, na maioria das vezes, pelo viés racial. Importante expoente da literatura marginal-periférica, a autora tem como prática literária a busca constante pela desconstrução da representação feminina tradicional e eurocêntrica, a problematização de mitos e tabus, além de denunciar a violência e o estigma imputados às mulheres periféricas. Ao romper com agentes mediadores do processo de produção editorial, revela uma autorrepresentação que vem de dentro da periferia. O objetivo deste artigo é analisar as questões de gênero que perpassam os poemas utilizados como recorte deste estudo, contidos nos livros Punga (2007) e Águas da Cabaça (2012), e verificar como a linguagem literária é utilizada para evidenciar o corpo como espaço simbólico de luta e resistência. Para tal, serão utilizadas as perspectivas teóricas de autoras como Sueli Carneiro (2003), Bell Hooks (2014), Guacira Lopes Louro (2010), Elaine Showalter (1993), Lucia Teninna (2015) e Naomi Wolf (1992).\",\"PeriodicalId\":441324,\"journal\":{\"name\":\"Letras Escreve\",\"volume\":\"9 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2018-06-14\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Letras Escreve\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.18468/LETRAS.2017V7N4.P159-180\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Letras Escreve","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.18468/LETRAS.2017V7N4.P159-180","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
引用次数: 0
摘要
伊莉珊德拉·索萨的诗学带来了一种美学、文学和政治上的关注,关注边缘女性的从属地位,这些女性被国家文学经典所贬低,被性别问题、地理和经济偏见以及大多数情况下的种族偏见所触及。作为边缘边缘文学的重要倡导者,作者在文学实践中不断寻求解构传统和以欧洲为中心的女性形象,质疑神话和禁忌,谴责边缘女性的暴力和污名化。通过打破编辑生产过程中的中介,揭示了一种来自外围内部的自我表征。本文的目的是分析Punga(2007)和aguas da cabaca(2012)两本书中作为研究对象的诗歌中的性别问题,并验证文学语言是如何被用来突出身体作为斗争和抵抗的象征空间的。为此,作者的理论视角将被使用,如Sueli Carneiro (2003), Bell Hooks (2014), Guacira Lopes Louro (2010), Elaine Showalter (1993), Lucia Teninna(2015)和Naomi Wolf(1992)。
Corpo como resistência: questões de gênero em poemas de Elizandra Souza
A poética de Elizandra Souza traz uma preocupação estética, literária e política com a subalternização das mulheres periféricas, relegadas pelo cânone literário nacional e marginalizadas tato pela questão de gênero quanto pelo viés geográfico-econômico e, na maioria das vezes, pelo viés racial. Importante expoente da literatura marginal-periférica, a autora tem como prática literária a busca constante pela desconstrução da representação feminina tradicional e eurocêntrica, a problematização de mitos e tabus, além de denunciar a violência e o estigma imputados às mulheres periféricas. Ao romper com agentes mediadores do processo de produção editorial, revela uma autorrepresentação que vem de dentro da periferia. O objetivo deste artigo é analisar as questões de gênero que perpassam os poemas utilizados como recorte deste estudo, contidos nos livros Punga (2007) e Águas da Cabaça (2012), e verificar como a linguagem literária é utilizada para evidenciar o corpo como espaço simbólico de luta e resistência. Para tal, serão utilizadas as perspectivas teóricas de autoras como Sueli Carneiro (2003), Bell Hooks (2014), Guacira Lopes Louro (2010), Elaine Showalter (1993), Lucia Teninna (2015) e Naomi Wolf (1992).