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A articulação entre médicos e Estado, vigente no século XIX, propiciou os cuidados com a saúde e higiene pública, bem como a preocupação de “embelezar” e “civilizar” as cidades. Alinhados a esse quadro social, os avanços da medicina permitiram a descoberta sobre o uso dos banhos de mar no combate a diversos males. Esse recurso terapêutico é amplamente difundido na Europa, chegando até o Brasil e as principais metrópoles do país, como Recife. As transformações ocorridas nessa época envolviam uma noção de dualidade, isto é, o confronto entre o “velho” e “novo”, as visões sobre si e sobre os outros através do ritmo acelerado do tempo e das modificações nos espaços de convivência. Apoiado nos livros e nos jornais, o trabalho pretende perscrutar a importância do o uso dos banhos salgados para fins terapêuticos, ressaltando também que contato com o ambiente praieiro é relativamente curto na história da sociedade brasileira, sobretudo para a história do Recife, além de propor uma análise histórico-social da implantação do discurso higienista, advindos do processo de modernização, como fator atuante para a compreensão das relações e percepções sobre a praia e os banhos de mar.