Lorena da Silva Viana, Eduardo Ribeiro Silva, Ellen Larissa Santos da Rocha Maciel, Karem Stephany Assunção Folgado, Júlio França
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METODOLOGIA: Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo e quantitativo, realizado por meio da coleta de dados de domínio público do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) de 2017 a 2022. As variáveis analisadas foram a quantidade de internações, a faixa etária, sexo, cor/raça e o número de óbitos, comparando-as entre os estados da região Nordeste do Brasil. RESULTADOS: A região Nordeste apresentou um total de 10.404 internações por doença reumática crônica do coração. A Bahia teve o maior número de casos com 30% e Sergipe o menor com 4,4%. A faixa etária de maior predominância foi a de 40-49 anos de idade com 20,6%. O gênero feminino foi o mais acometido (59,2%) e a raça parda mais prevalente (45,6%). O Nordeste apresentou 715 óbitos, equivalente a 25,3% da quantidade de óbitos por cardiopatia reumática no Brasil. O estado da Bahia teve o maior número de óbitos e o do Maranhão, o menor, correspondendo a 24,2% e 3,5%, respectivamente. Dentre o número total de óbitos, a faixa etária de 60-69 anos correspondeu a 23%, o sexo feminino a 60,7% e a cor parda a 39,7% dos casos. CONCLUSÃO: Visto o perfil epidemiológico da doença reumática crônica no coração no Nordeste, ressalta-se a grande quantidade de internações e a diferença do número de diagnóstico entre os estados, provavelmente advindo do subdiagnóstico. Portanto, em decorrência do comprometimento cardíaco crônico e outras consequências graves, a febre reumática deve ser uma doença mais difundida no meio médico para que haja um reconhecimento precoce e conduta adequada, procurando assim evitar agravos, dentre eles, a cardiopatia reumática crônica.","PeriodicalId":321814,"journal":{"name":"Anais do 1° Congresso Sul Maranhense de Cardiologia","volume":"25 24","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2022-05-27","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA DOENÇA REUMÁTICA CRÔNICA DO CORAÇÃO NO NORDESTE BRASILEIRO DE 2017 A 2022\",\"authors\":\"Lorena da Silva Viana, Eduardo Ribeiro Silva, Ellen Larissa Santos da Rocha Maciel, Karem Stephany Assunção Folgado, Júlio França\",\"doi\":\"10.51161/csmc/08\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"INTRODUÇÃO: A doença reumática cardíaca (DRC) é uma consequência grave e de longo prazo da febre reumática aguda, causada pelo Streptococcus β-hemolítico do grupo A de Lancefield. 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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA DOENÇA REUMÁTICA CRÔNICA DO CORAÇÃO NO NORDESTE BRASILEIRO DE 2017 A 2022
INTRODUÇÃO: A doença reumática cardíaca (DRC) é uma consequência grave e de longo prazo da febre reumática aguda, causada pelo Streptococcus β-hemolítico do grupo A de Lancefield. Trata-se de cardiopatia que está relacionada a regiões menos desenvolvidas, com uma maior incidência entre 5 e 15 anos de idade, ocorrendo em indivíduos que tiveram uma resposta imune mais demorada e predispostos geneticamente. OBJETIVOS: O objetivo do trabalho é traçar o perfil epidemiológico da doença reumática crônica do coração na região Nordeste do Brasil, no período de 2017 a 2022. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo e quantitativo, realizado por meio da coleta de dados de domínio público do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) de 2017 a 2022. As variáveis analisadas foram a quantidade de internações, a faixa etária, sexo, cor/raça e o número de óbitos, comparando-as entre os estados da região Nordeste do Brasil. RESULTADOS: A região Nordeste apresentou um total de 10.404 internações por doença reumática crônica do coração. A Bahia teve o maior número de casos com 30% e Sergipe o menor com 4,4%. A faixa etária de maior predominância foi a de 40-49 anos de idade com 20,6%. O gênero feminino foi o mais acometido (59,2%) e a raça parda mais prevalente (45,6%). O Nordeste apresentou 715 óbitos, equivalente a 25,3% da quantidade de óbitos por cardiopatia reumática no Brasil. O estado da Bahia teve o maior número de óbitos e o do Maranhão, o menor, correspondendo a 24,2% e 3,5%, respectivamente. Dentre o número total de óbitos, a faixa etária de 60-69 anos correspondeu a 23%, o sexo feminino a 60,7% e a cor parda a 39,7% dos casos. CONCLUSÃO: Visto o perfil epidemiológico da doença reumática crônica no coração no Nordeste, ressalta-se a grande quantidade de internações e a diferença do número de diagnóstico entre os estados, provavelmente advindo do subdiagnóstico. Portanto, em decorrência do comprometimento cardíaco crônico e outras consequências graves, a febre reumática deve ser uma doença mais difundida no meio médico para que haja um reconhecimento precoce e conduta adequada, procurando assim evitar agravos, dentre eles, a cardiopatia reumática crônica.