{"title":"路德和克尔凯郭尔的信仰与有限性的关系","authors":"M. Schmaelter","doi":"10.25244/tf.v15i1.4832","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O presente artigo visa, sob uma perspectiva existencial e fundamentada na tradição cristã, refletir a respeito da problemática relação entre a fé e a finitude, de modo a apontar que a primeira só encontra-se plena na experiência da finitude, no que denominamos no título de retomada do mundo. Para isso, primeiramente analisamos a chamada theologia crucis, de Lutero, apresentada no Debate de Heidelberg, em que o reformador alemão defende, em posição crítica à escolástica, que o conhecimento de Deus só é possível naquilo que é visível, a saber, o Cristo crucificado. Em seguida, vemos como Kierkegaard, através do pseudônimo Johannes de Silentio em Temor e tremor, descreve a experiência da fé como um duplo movimento de resignação e retomada, caracterizando a fé no interior de uma experiência existencial paradoxal, que vive na tensão entre a finitude e a infinitude.","PeriodicalId":329575,"journal":{"name":"Trilhas Filosóficas","volume":"37 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-03-13","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"relação entre fé e finitude em Lutero e Kierkegaard\",\"authors\":\"M. Schmaelter\",\"doi\":\"10.25244/tf.v15i1.4832\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"O presente artigo visa, sob uma perspectiva existencial e fundamentada na tradição cristã, refletir a respeito da problemática relação entre a fé e a finitude, de modo a apontar que a primeira só encontra-se plena na experiência da finitude, no que denominamos no título de retomada do mundo. Para isso, primeiramente analisamos a chamada theologia crucis, de Lutero, apresentada no Debate de Heidelberg, em que o reformador alemão defende, em posição crítica à escolástica, que o conhecimento de Deus só é possível naquilo que é visível, a saber, o Cristo crucificado. Em seguida, vemos como Kierkegaard, através do pseudônimo Johannes de Silentio em Temor e tremor, descreve a experiência da fé como um duplo movimento de resignação e retomada, caracterizando a fé no interior de uma experiência existencial paradoxal, que vive na tensão entre a finitude e a infinitude.\",\"PeriodicalId\":329575,\"journal\":{\"name\":\"Trilhas Filosóficas\",\"volume\":\"37 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2023-03-13\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Trilhas Filosóficas\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.25244/tf.v15i1.4832\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Trilhas Filosóficas","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.25244/tf.v15i1.4832","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
relação entre fé e finitude em Lutero e Kierkegaard
O presente artigo visa, sob uma perspectiva existencial e fundamentada na tradição cristã, refletir a respeito da problemática relação entre a fé e a finitude, de modo a apontar que a primeira só encontra-se plena na experiência da finitude, no que denominamos no título de retomada do mundo. Para isso, primeiramente analisamos a chamada theologia crucis, de Lutero, apresentada no Debate de Heidelberg, em que o reformador alemão defende, em posição crítica à escolástica, que o conhecimento de Deus só é possível naquilo que é visível, a saber, o Cristo crucificado. Em seguida, vemos como Kierkegaard, através do pseudônimo Johannes de Silentio em Temor e tremor, descreve a experiência da fé como um duplo movimento de resignação e retomada, caracterizando a fé no interior de uma experiência existencial paradoxal, que vive na tensão entre a finitude e a infinitude.