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Complexidade narrativa e dependência em Grande Sertão: Veredas de Guimarães Rosa e Pedro Páramo de Juan Rulfo
O presente artigo tem por objetivo realizar uma análise comparativa dos romances Pedro Páramo de Juan Rulfo e Grande Sertão: Veredas de Guimarães Rosa à luz dos problemas da dependência e do subdesenvolvimento. Buscaremos, portanto, discutir aspectos das representações miméticas nos romances, associando-as a enfoques socioeconômicos da realidade latino-americana, também vinculados aos respectivos processos históricos vividos por México e Brasil ao longo do século XX. Desse modo, argumentar-se-á que a linguagem lacônica de Rulfo e sua prosa concisa e melancólica se ligam a uma frustração de expectativas em relação à Revolução Mexicana. Já no caso de Rosa, discutiremos como determinados personagens seus, bem como certo tom profético assumido por seu narrador, configuram uma inserção no debate sobre o desenvolvimentismo brasileiro. Nesse sentido, argumentaremos que as formas de ambas as obras, guardadas as devidas especificidades, se ligam à tentativa de apreender esteticamente universos socialmente convulsionados, cujos aspectos problemáticos permanecem atuais.