Daniele Gallindo Gonçalves Silva, Rafael de Moura Pernas
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“Imagine-se em uma floresta congelada”: o pessimismo em relação ao futuro (e presente) na narrativa de Call of Duty: Black Ops 3
No dia 6 de novembro de 2015 é lançado o jogo eletrônico Call of Duty Black Ops 3, tendo como plataformas o Playstation 4 e 3, Xbox One e 360 e Windows, sendo produzido e publicado por Treyarch e Activision, respectivamente. A narrativa da obra envolve um futuro distante, no ano de 2065, no qual a superpopulação alcança níveis cada vez mais insustentáveis; o meio ambiente torna-se notavelmente mais extremo; conflitos mundiais espalham-se e tornam-se corriqueiros e, principalmente, a tecnologia bélica funde-se ao ser humano. Próteses e implantes neurais garantem soldados mais e mais eficientes. Entretanto, uma Inteligência Artificial torna ciente de si e consegue infectar a mente de diversos personagens. Em suma, o jogo apresenta-se como um futuro soturno, conflituoso e profundamente mais agravado que o nosso presente. Partindo de tal premissa, buscaremos analisar a construção de futuro que o jogo realiza através de sua narrativa, uma narrativa que constrói, produz significados e detém de um efeito alegórico e moralizante com aquilo que busca representar (ANKERSMIT, 2010; WHITE, 1990). Tal futuro, tal horizonte de expectativa, pode nos oferecer diversas reflexões acerca do nosso próprio tempo histórico (KOSELLECK, 2006), um tempo de possível hipervalorização do presente e dificuldades de imaginar um futuro melhor (HARTOG, 2014).