{"title":"作者身份、自主性、行动主义:通过写作进行教育和政治化——当代巴西土著文学注释","authors":"L. Danner, Julie Dorrico, Fernando Danner","doi":"10.32997/rvp-vol.14-num.2-2020-2780","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Neste texto, procuramos refletir sobre a correlação entre autoria, autonomia e ativismo enquanto o eixo constitutivo, estruturante e dinamizador da literatura produzida pelos/as escritores/as indígenas brasileiros/as hodiernos/as, que está profundamente imbricada com a perspectiva homônima da memória, identidade e projeto assumida pelo Movimento Indígena brasileiro enquanto base de seu enraizamento e de seu protagonismo na esfera pública, política e cultural nacional em torno à causa e à condição indígenas, a partir de meados da década de 1970 para cá. Apontaremos para o fato de que o grande aprendizado tanto do Movimento Indígena quanto da literatura indígena brasileira contemporânea dele caudatária consiste exatamente na constituição de uma voz-práxis direta compreendida como descolonização da cultura e descatequização da mente, que transita da afirmação das singularidades-alteridades indígenas para a crítica do presente e a luta política, e que assume a reconstrução do passado, mormente do sentido e do lugar do/a “índio/a” no contexto de nossa sociedade, a consolidação de um sujeito militante indígena no e como presente e a assunção do protagonismo indígena relativamente à definição de projetos de futuro para si e para o Brasil de um modo mais geral como questões inultrapassáveis do ser e do estar indígenas no mundo contemporâneo. ","PeriodicalId":245902,"journal":{"name":"VISITAS al PATIO","volume":"38 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2020-11-05","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Autoria, autonomia, ativismo: educar e politizar pela e para a escrita – notas sobre a literatura indígena brasileira contemporânea\",\"authors\":\"L. Danner, Julie Dorrico, Fernando Danner\",\"doi\":\"10.32997/rvp-vol.14-num.2-2020-2780\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Neste texto, procuramos refletir sobre a correlação entre autoria, autonomia e ativismo enquanto o eixo constitutivo, estruturante e dinamizador da literatura produzida pelos/as escritores/as indígenas brasileiros/as hodiernos/as, que está profundamente imbricada com a perspectiva homônima da memória, identidade e projeto assumida pelo Movimento Indígena brasileiro enquanto base de seu enraizamento e de seu protagonismo na esfera pública, política e cultural nacional em torno à causa e à condição indígenas, a partir de meados da década de 1970 para cá. Apontaremos para o fato de que o grande aprendizado tanto do Movimento Indígena quanto da literatura indígena brasileira contemporânea dele caudatária consiste exatamente na constituição de uma voz-práxis direta compreendida como descolonização da cultura e descatequização da mente, que transita da afirmação das singularidades-alteridades indígenas para a crítica do presente e a luta política, e que assume a reconstrução do passado, mormente do sentido e do lugar do/a “índio/a” no contexto de nossa sociedade, a consolidação de um sujeito militante indígena no e como presente e a assunção do protagonismo indígena relativamente à definição de projetos de futuro para si e para o Brasil de um modo mais geral como questões inultrapassáveis do ser e do estar indígenas no mundo contemporâneo. \",\"PeriodicalId\":245902,\"journal\":{\"name\":\"VISITAS al PATIO\",\"volume\":\"38 1\",\"pages\":\"0\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2020-11-05\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"VISITAS al PATIO\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.32997/rvp-vol.14-num.2-2020-2780\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"VISITAS al PATIO","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.32997/rvp-vol.14-num.2-2020-2780","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Autoria, autonomia, ativismo: educar e politizar pela e para a escrita – notas sobre a literatura indígena brasileira contemporânea
Neste texto, procuramos refletir sobre a correlação entre autoria, autonomia e ativismo enquanto o eixo constitutivo, estruturante e dinamizador da literatura produzida pelos/as escritores/as indígenas brasileiros/as hodiernos/as, que está profundamente imbricada com a perspectiva homônima da memória, identidade e projeto assumida pelo Movimento Indígena brasileiro enquanto base de seu enraizamento e de seu protagonismo na esfera pública, política e cultural nacional em torno à causa e à condição indígenas, a partir de meados da década de 1970 para cá. Apontaremos para o fato de que o grande aprendizado tanto do Movimento Indígena quanto da literatura indígena brasileira contemporânea dele caudatária consiste exatamente na constituição de uma voz-práxis direta compreendida como descolonização da cultura e descatequização da mente, que transita da afirmação das singularidades-alteridades indígenas para a crítica do presente e a luta política, e que assume a reconstrução do passado, mormente do sentido e do lugar do/a “índio/a” no contexto de nossa sociedade, a consolidação de um sujeito militante indígena no e como presente e a assunção do protagonismo indígena relativamente à definição de projetos de futuro para si e para o Brasil de um modo mais geral como questões inultrapassáveis do ser e do estar indígenas no mundo contemporâneo.