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Literatura e religião: domínios e(m) relações dialógicas
A literatura e a religião podem ser percebidas como objetos de saber inter-relacionados. A partir do prisma dialógico, tais relações podem ser explicitadas sem esgotamento considerando-se que os discursos produzidos são atravessados por enunciados de outrem. Assim, o pesquisador, mais do que reconhecer a necessidade de escapar de esquemas interpretativos estabelecidos a priori, reconhece que a pesquisa se realiza na presença do discurso do outro que o constitui. Nessa linhagem de discussões teórico-analíticas, esse artigo delimita duas propostas de desenvolvimento: a) Discursivizar a importância das Relações dialógicas para a interpretação dos saberes religiosos e literários e b) Analisar, dialogicamente, o poema “A falta que ama”, de Adélia Prado, em seu livro O coração disparado. Conclui-se que tanto poema quanto religiosidade remetem a uma linguagem metapoética que está relacionada a uma falta constitutiva do escrever e que diz respeito aos modos de (in)definição de experiência com o sagrado.