H. V. S. D. Alves, Maria das Graças Silva Nascimento Silva
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Para pontuar os aspectos culturais e de gênero que envolvem a percepção e avaliação coletiva foram empregados conceitos de Nascimento Silva e Silva (2014), Nascimento Silva e Alves (2017), Freire (2010), Maldi (1991), Caspar (1953; 1955) e Brah (2006). Os instrumentais de pesquisa utilizados foram rodas de conversa, entrevistas e questionários semi-estruturados aplicados às mulheres, alunos e alunas da TIRG. Através das pesquisas realizadas, identificamos a existências de variadas demandas em relação à qualidade da educação que é ofertada em território indígena, dentre as quais destacam-se a necessidade de material didático contextualizado ao cotidiano e à cultura local, a contratação de professores indígenas e merendeiras, o desenvolvimento de projetos que estimulem a integração e o intercambio de saberes tradicionais entre jovens e idosos, a necessidade de transporte escolar, de elaboração de cardápio adequado à dieta dos povos que habitam a TIRG e de efetiva orientação ou acompanhamento pedagógico por parte da SEDUC aos professores locais, dentre outras. 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A EDUCAÇÃO NA TERRA INDÍGENA RIO GUAPORÉ: PERCEPÇÃO, AVALIAÇÃO E DESAFIOS VIVENCIADOS
Este estudo apresenta a percepção das mulheres, alunos e alunas da Terra Indígena Rio Guaporé (TIRG) em relação à educação ofertada nas escolas do território indígena. O objetivo foi identificar como a comunidade avalia aspectos como qualidade e contextualização do material didático ofertado aos alunos, ensino e aprendizagem da língua materna e do português e perfil dos docentes, bem como mapear as principais reivindicações da comunidade para melhoria da qualidade da educação ofertada na TIRG. O estudo desenvolvido se fundamentou na Geografia Fenomenológica e de Gênero. Utilizamos os conceitos de Merleau-Ponty (2015) e Kozel (2007) para analisar a percepção da comunidade. Para pontuar os aspectos culturais e de gênero que envolvem a percepção e avaliação coletiva foram empregados conceitos de Nascimento Silva e Silva (2014), Nascimento Silva e Alves (2017), Freire (2010), Maldi (1991), Caspar (1953; 1955) e Brah (2006). Os instrumentais de pesquisa utilizados foram rodas de conversa, entrevistas e questionários semi-estruturados aplicados às mulheres, alunos e alunas da TIRG. Através das pesquisas realizadas, identificamos a existências de variadas demandas em relação à qualidade da educação que é ofertada em território indígena, dentre as quais destacam-se a necessidade de material didático contextualizado ao cotidiano e à cultura local, a contratação de professores indígenas e merendeiras, o desenvolvimento de projetos que estimulem a integração e o intercambio de saberes tradicionais entre jovens e idosos, a necessidade de transporte escolar, de elaboração de cardápio adequado à dieta dos povos que habitam a TIRG e de efetiva orientação ou acompanhamento pedagógico por parte da SEDUC aos professores locais, dentre outras. No contexto da educação indígena é primordial que a comunidade de acesso e condições de permanência na escola e a formação e contratação de professores indígenas, bem como a oferta de material didático adequado ao contexto vivenciado pelos alunos e alunas são aspectos fundamentais para que o ensino-aprendizagem tenha êxito.