{"title":"利用几何形态计量学分析BOSMINA SP (BAIRD, 1845)的形态变异性","authors":"I. Andrade, L. Elmoor-Loureiro","doi":"10.21826/2178-7581x2018252","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Bosmina (Bosmina) longirostris (O.F. Muller, 1785) e Bosmina (Bosmina) freyi De Melo & Hebert, 1994, na América do Norte, são claramente distintas do ponto de vista molecular, mas com separação morfológica sutil. No Brasil, existem registros de ocorrência de ambas as espécies e as populações são atribuídas a um ou outro táxon com base, unicamente, na estrutura das espículas na base da garra pós-abdominal. O presente estudo faz parte de um conjunto de iniciativas que visa esclarecer a ocorrência do subgênero Bosmina no Brasil e teve como objetivo elucidar questões sobre sua variabilidade morfológica em relação aos distintos morfotipos do pecten de espículas encontrados nas populações brasileiras. Utilizou-se 210 indivíduos oriundos de sete amostras colhidas de diferentes regiões hidrográficas brasileiras (Distrito Federal, Minas Gerais, São Paulo e Tocantins). Lâminas individuais foram feitas e, para cada uma, foram capturadas múltiplas fotografias com focos em diferentes estruturas. Através do programa Helicon Focus, essas fotografias foram combinadas em uma única imagem para cada indivíduo. Com auxílio do Photoshop, as imagens foram dispostas numa mesma posição e, utilizando o tpsDig2, foram marcados os landmarks (vinte pontos), que foram a base da análise. Os arquivos de landmaks foram processados no software MorphoJ, onde gerou-se uma Análise de Componente Principal (PCA). As estruturas focadas nesse estudo foram a forma da carapaça, o mucro e a antênula. O resultado da PCA não permitiu diferenciar morfologicamente as populações amostradas, sendo as amostras de mesmo morfotipo de pecten não se agruparam. As diferentes condições ambientais parecem estar relacionadas ao polimorfismo, visto que uma amostra coletada em ambiente diferente das demais (um rio com baixa turbidez) não se agrupou com nenhuma outra. Este conjunto de dados não permite uma conclusão sobre o status das populações do subgênero Bosmina no Brasil, ao mesmo tempo que aponta para a necessidade de aprofundamento da análise morfológica com uso de caracteres mais finos, tais como a estrutura dos apêndices torácicos, ainda pouco investigados para este grupo de cladóceros.","PeriodicalId":175754,"journal":{"name":"Livro de Resumos do X Congresso Brasileiro sobre Crustáceos","volume":"24 1","pages":"0"},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2018-11-11","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"ANÁLISE DA VARIABILIDADE MORFOLÓGICA DE BOSMINA SP (BAIRD, 1845) UTILIZANDO MORFOMETRIA GEOMÉTRICA\",\"authors\":\"I. Andrade, L. 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ANÁLISE DA VARIABILIDADE MORFOLÓGICA DE BOSMINA SP (BAIRD, 1845) UTILIZANDO MORFOMETRIA GEOMÉTRICA
Bosmina (Bosmina) longirostris (O.F. Muller, 1785) e Bosmina (Bosmina) freyi De Melo & Hebert, 1994, na América do Norte, são claramente distintas do ponto de vista molecular, mas com separação morfológica sutil. No Brasil, existem registros de ocorrência de ambas as espécies e as populações são atribuídas a um ou outro táxon com base, unicamente, na estrutura das espículas na base da garra pós-abdominal. O presente estudo faz parte de um conjunto de iniciativas que visa esclarecer a ocorrência do subgênero Bosmina no Brasil e teve como objetivo elucidar questões sobre sua variabilidade morfológica em relação aos distintos morfotipos do pecten de espículas encontrados nas populações brasileiras. Utilizou-se 210 indivíduos oriundos de sete amostras colhidas de diferentes regiões hidrográficas brasileiras (Distrito Federal, Minas Gerais, São Paulo e Tocantins). Lâminas individuais foram feitas e, para cada uma, foram capturadas múltiplas fotografias com focos em diferentes estruturas. Através do programa Helicon Focus, essas fotografias foram combinadas em uma única imagem para cada indivíduo. Com auxílio do Photoshop, as imagens foram dispostas numa mesma posição e, utilizando o tpsDig2, foram marcados os landmarks (vinte pontos), que foram a base da análise. Os arquivos de landmaks foram processados no software MorphoJ, onde gerou-se uma Análise de Componente Principal (PCA). As estruturas focadas nesse estudo foram a forma da carapaça, o mucro e a antênula. O resultado da PCA não permitiu diferenciar morfologicamente as populações amostradas, sendo as amostras de mesmo morfotipo de pecten não se agruparam. As diferentes condições ambientais parecem estar relacionadas ao polimorfismo, visto que uma amostra coletada em ambiente diferente das demais (um rio com baixa turbidez) não se agrupou com nenhuma outra. Este conjunto de dados não permite uma conclusão sobre o status das populações do subgênero Bosmina no Brasil, ao mesmo tempo que aponta para a necessidade de aprofundamento da análise morfológica com uso de caracteres mais finos, tais como a estrutura dos apêndices torácicos, ainda pouco investigados para este grupo de cladóceros.